Estamos nos aproximando do final de mais um ano, é hora de focar novamente nos projetos e objetivos futuros. Com o fim do ano, podemos tirar tempo para o descanso e para as vivências familiares e para aqueles que costumam tirar férias neste período, vale a pena recuperar as forças e o entusiasmo para enfrentar o que vem pela frente.
É o momento também de parar e fazer uma retrospectiva, uma análise do que vivemos até aqui. É tão bonito pararmos para refletir como Deus está sempre presente em nosso dia a dia, em cada acontecimento, por mais insignificante que pareça. Por isso, este mês pode ser uma boa oportunidade para elaborar uma ladainha de gratidão, constatando como Deus Pai constrói maravilhas em nossa vida e na vida das pessoas que convivem conosco, a partir de nossas misérias. Com este exercício, lentamente vamos descobrindo como Deus é providente: Ele cuida de cada detalhe de nossa vida!
Nosso Fundador, o Padre Kentenich, ensinava as pessoas a se exercitarem neste reconhecimento da misericórdia de Deus Pai em suas vidas. Ele pedia-lhes que compusessem uma ladainha de gratidão e assim lhes explicava:
“Santo Agostinho diz que Deus criou o mundo inteiro sem mim, mas não quer redimi-lo sem mim. Estejamos atentos, portanto! O que Deus deseja? Que eu reconheça seus benefícios, sobretudo os benefícios pessoais que me concede. Pensem nas dádivas, mas também nas tarefas. Olhem o passado recordando tudo o que Deus operou em vocês e através de vocês. Terá tudo sido ilusão, terá tudo sido em vão? Creio se contemplássemos tudo à luz da misericórdia de Deus olharíamos com grande gratidão e amor também às horas escuras de nossa vida.
Permitam que lhes aconselhe não apenas formularem uma ladainha da misericórdia, mas reservarem sempre no exame de consciência da noite um espaço para perguntar: O que temos hoje para agradecer?” (Pe. José Kentenich – Sob o olhar do Pai de amor e misericórdia)
Se muitas famílias que recebem a Mãe Peregrina em seus lares, pudessem elaborar uma ladainha de gratidão, certamente os reconhecimentos feitos, neste diálogo com o Deus da vida, produziriam muitos frutos de conversão, de perdão e de amor. E até mesmo nas horas escuras da vida descobririam que Deus Pai nunca as abandonou.
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Imagem: Ana Tavares on Unsplash