Quinta-feira, 27 de junho de 1985. Por volta das 6h, o Sr. João Luiz Pozzobon partia de sua casa em direção ao Santuário Tabor, em Santa Maria, para participar da Santa Missa. Nesta mesma manhã, havia muita neblina. Atravessava a rua na altura da entrada da Avenida Osvaldo Cruz, próxima à Rua Padre Kentenich, quando foi atingido por um caminhão que avançava a mais ou menos 40 ou 50km/h. O motorista do caminhão viu que no meio da névoa, um vulto de roupa escura tentava atravessar a rua. Mesmo freando o veículo, o acidente foi inevitável. Assim ele faz a sua última romaria, retorna ao Lar Eterno e suas palavras ganham sentido: “Se um dia me encontrarem morto no caminho, saibam que eu morri de alegria!”
Pozzobon dedicou sua vida a levar a Mãe e Rainha aos mais necessitados. Seu neto, que com orgulho porta o nome do avô, disse, em ocasião da Santa Missa realizada em 27 de junho de 2017, no Santuário de Santa Maria, que “Ela [Maria] é a luz que transforma escuridão em claridade, a luz que transforma um caminho confuso e muitas vezes aterrorizante, em um caminho de certeza e de confiança. A luz que iluminava sua vida era Maria. Por meio dela sua vida foi transformada, e ele pôde ajudar a transformar a vida de muitas pessoas. Essa luz que durante seus 35 anos de peregrinação mostrou o caminho certo, mostrou também que, mesmo nos momentos mais difíceis, nunca iria se apagar, que estaria sempre dentro do seu coração. Mesmo após sua morte, ela permaneceu viva na vida de quem o conheceu ou conheceu sua Campanha. Ele conseguiu, por meio da Campanha da Mãe Peregrina, que essa luz pudesse estar presente na casa de cada pessoa, propagando a imagem da Mãe ao mundo, tirando a escuridão de muitos lares e corações.”
Muitas foram as solicitações para a abertura do processo de beatificação do Pozzobon. Entre elas, a que o Padre Ignacio Cruz dirigiu a Dom José Ivo Lorscheiter, em 1991: “O que nos move a fazer este pedido é a íntima convicção de que a Providência nele nos oferece uma figura de santo que pode ajudar na evangelização de nosso povo. Cremos que Deus nos concedeu, na pessoa de João Pozzobon, um homem simples, filial, solidário com os mais pobres e necessitados, um apóstolo heroico de Maria. Cremos que Nossa Senhora o foi formando em seu Santuário num profundo espírito de filialidade heroica, que transparecia em todo seu ser.”[1]
O processo foi aberto em Roma, em 2009. Muitos documentos, testemunhos e histórias foram reunidos para justificar e comprovar a fama de santidade daquele que iniciou a Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt.
Muitas foram as graças alcançadas, mas para que ele seja elevado aos altares, é preciso que um milagre aconteça. A melhor forma de colaborar para a beatificação de João Pozzobon é sempre rezar, pedindo sua intercessão e relatar as graças alcançadas.
Oração pela beatificação do Diácono João Luiz Pozzobon
Deus, nosso Pai, fizeste de João Luiz Pozzobon um esposo e pai exemplar, um amigo dos pobres e um incansável peregrino. Ele dedicou sua vida a levar a Mãe e Rainha às famílias, hospitais, escolas e presídios, rezando o Terço.
Por isso, Pai, confiante peço que, se for da tua vontade, este teu servo seja canonizado e, por sua intercessão, eu possa receber a graça que tanto necessito: (pedir a graça…).
Assim rezo com Maria, a Grande Missionária, para a tua glória, o florescimento da Igreja e a santificação das famílias. Amém.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai.
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Com informações de schoenstatt.org.br
[1] TREVISAN, Padre Victor. João Luiz Pozzobon: um “Santo” com têmpera de missionário leigo?. Santa Maria: Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, 1992.