Ir. M. Nilza P. da Silva / Diário de Santa Maria- Desde o dia 9 de setembro, temos publicado notícias sobre o Congresso Internacional, para a celebração dos 75 anos da Campanha da Mãe Peregrina, que acontece em Santa Maria, Brasil. São mais de 700 participantes, vindos de 25 países.

As mídias nacionais e locais tem dado muitas informações. Recolhemos aqui, os depoimentos de alguns participantes, colhidos e publicados pelo Diário de Santa Maria:

Pe. Alexandre Awi

Sou brasileiro e saber que um gaúcho conquistou o mundo com sua simplicidade, com um trabalho sério, profundo, apaixonado e entusiasmado é motivo de orgulho. Talvez muitos aqui, em Santa Maria, não reconheçam a grandiosidade de sua presença, mas este evento mostra que as fronteiras da cidade se abriram para o mundo por meio da Campanha da Mãe Peregrina e de João Pozzobon, hoje venerável. Ele caminhava por estradas da Quarta Colônia, dormia no caminho para levar a Mãe às famílias. A entrega radical de João a Jesus, pelas mãos de Maria, e seu serviço aos mais pobres continuam contagiando o mundo. Esse exemplo é um sinal de esperança que hoje se reafirma neste encontro internacional.

Esperamos que em breve ele possa ser também um beato da igreja. Talvez o primeiro diácono permanente. É pai de família, alguém que é exemplo para muitos e que possa continuar então conquistando muitos corações.


Humberto Pozzobon (filho do Venerável João)

Como filhos, não tínhamos noção da grandeza das coisas que (nosso pai) fazia, porque ele era um pai normal, igual a todos. Agora, com o tempo, percebemos que a coisa era bem diferente do que pensávamos, muito maior do que a gente imaginava. Para a família, ele foi muito amoroso, muito dedicado. Ele dizia: “Se eu me descuidar da minha família, não adianta eu mover o mundo”. Muito orgulho. É uma alegria muito grande ter um pai assim. Nós sentimos aquela emoção, aquela gratidão de ter um pai tão maravilhoso que reuniu tantas pessoas. É simplesmente fantástico.


Guadalupe Teresita Benavidez (Argentina)

“Eu conheci o João Pozzobon graças à formação da Campanha Jovem no ano passado e, realmente, ele me inspira a seguir adiante, a caminhar sempre de mãos dadas com a Mãe. Com a força e o impulso dela, quero chegar a todos os lugares para onde ela quiser me levar e ser seus pequenos pés. A família de Schoenstatt é tão grande que eu sentia um chamado dentro de mim dizendo: “Tenho que ir, tenho que participar disso.” Foi muito bom eu estar aqui e é algo que sempre vou agradecer à Mater. Gostei muito de tudo até agora. A cidade me encantou, fomos recebidos com um clima muito bonito, com um sol acolhedor.”


Maria Eugenia Falcone (Argentina)

“Também conheci o Sr. João na formação para a Campanha. Me encantei com a história porque me inspirou a ser missionária, a seguir levando o amor que ela me dá para os demais e não guardá-lo só para mim, porque não é um tesouro apenas meu, mas algo para oferecer aos outros. Também me inspira o fato de ele ter vivido com tanta responsabilidade: trabalho, família e, ao mesmo tempo, missão, levando o amor de Jesus aos demais. Estar aqui me parece um milagre. Não era algo que eu esperava, mas a Mãe me presenteou. É incrível estar onde tudo começou, visitar os lugares que marcaram a história de Schoenstatt e da Igreja. Aqui podemos renovar a Aliança de Amor, o impulso missionário e voltar à fonte de graças onde o Sr. João começou. Estar nesses lugares onde ele viveu e com sua família é reviver o início do envio missionário. Também é como acender em nós esse primeiro fogo para levá-lo aos lugares onde vamos seguir caminhando com a Mãe.”


Marta Cristina Pérez Martíne (Guatemala)

“Conheço a história de João Pozzobon desde a infância, porque minha tia foi a primeira schoenstattiana em meu país. A partir dela, toda a minha família se envolveu no Movimento. Sou missionária da Campanha da Mãe Peregrina há muitos anos. Minha cidade é Esquipulas, considerada a capital da fé na América Central. Por isso, é uma grande alegria estar aqui, com representantes de cerca de 25 países, todos unidos pelo amor e pela Campanha da Mãe Peregrina. A história de João Pozzobon é surpreendente. Ele foi um leigo comprometido que entendeu a necessidade de levar os cristãos ao encontro com Maria. Seu trabalho ultrapassou fronteiras e hoje chega a tantos lugares. Ele levou a Mãe não só às casas, mas também ao coração das pessoas. Estar aqui em Santa Maria é emocionante. Podemos compartilhar com pessoas de todo o mundo esse mesmo amor, vivido de diferentes formas. Vamos conhecer melhor a história de João Pozzobon e também trocar experiências com os outros países que vieram de tão longe.”


Diácono Fernando Ignacio Gonzalez Baquerizo (Equador)

“Eu trabalhava em Guayaquil (maior cidade do Equador), mas viajava para o interior do país. Então, um sacerdote amigo me convidou para Schoenstatt, mas eu não podia porque ia viajar na segunda-feira e voltaria na sexta-feira. Então, o que aconteceu? Dois anos depois, ele faleceu, e eu fui para Schoenstatt porque lá fizeram toda a cerimônia de exumação para ele. Neste dia, alguém se aproximou e me perguntou se eu queria participar das atividades de Schoenstatt. Eu disse que sim. Então, comecei a participar de uma formação, inicialmente como grupo missionário de casais. Estive lá um bom tempo até fui transferido e terminei me aposentando. Então, fui morar na praia. Um dia eu estava responsável pela igreja na minha região, e umas missionárias que eu não conhecia me pediram para disponibilizar a igreja para uma reunião. Eu abri a igreja, elas se reuniram, e foi assim que conheci a irmã Norma. Ela me disse: “O que você está fazendo aqui?” Eu respondi: “Eu moro aqui.” “E por que você não trabalha para a Campanha?” Desde então, continuo. Eram apenas oito missionárias, agora temos 44.

A experiência de viver aqui neste momento é extraordinária. Estar aqui me encheu de muita alegria porque conheci o lugar onde ele viveu. Li livro sobre a vida dele e fui conferindo tudo, e estamos entendendo perfeitamente que ele é um homem santo e um homem que nos inspira. Nós saímos no dia 7 de setembro às 20h, chegamos em Lima de madrugada e aqui no Brasil chegamos às 6h da manhã desta quarta, mas tudo bem. Totalmente de acordo. Não havia como dizer que estou mal ou entediado, porque eu vinha com uma expectativa. Queria conhecer e saber mais sobre o diácono.”


Pe. Johnson Panthappillil John (Índia)

“Conheci a história de João Pozzobon quando estudava com os Padres em Schoenstatt, na Alemanha. Depois, voltei ao meu país e comecei a trabalhar com o Movimento. Mais tarde, na América Latina, especialmente no Paraguai, conheci ainda mais sobre o diácono João Pozzobon.

Para mim, ele é uma grande inspiração: um homem humilde, um pai de família, alguém comum que fez coisas simples e, com isso, alcançou a santidade. Essa simplicidade é também um chamado para nós: viver como ele, na família, como diácono, como cristãos no mundo todo.

Eu venho da Índia, de muito longe. Trabalho lá com a Campanha da Mãe Peregrina, que está crescendo e chegando a muitos lugares. Vim conhecer mais, visitar os espaços ligados a ele, rezar pela minha pátria e levar essa missão ao meu país. Sinto-me muito abençoado por estar aqui, nesta terra tão querida de João Pozzobon.”


Pe. Ntiranyibagira Longin (Burundi)

“Sou Padre de Schoenstatt, diretor do Santuário de Monte Sião Gikungu, em Bujumbura. O Movimento em meu país começou forte em 1962 e a Campanha da Mãe Peregrina chegou em 1974. Desde então, faz parte da nossa pastoral, com os Padres e as Irmãs de Maria. O que mais me inspira em João Pozzobon são as atividades pastorais que incluem a missão mariana: levar a imagem de Maria às famílias e pequenas comunidades, reunir as pessoas para rezar e fortalecer a vida cristã por meio da Campanha da Mãe Peregrina. Foram mais de 20 horas de viagem até Santa Maria. Viemos nove pessoas: um padre, duas irmãs de Maria e seis leigos. Desde que chegamos, temos aprendido muito e vivido experiências que vão nos ajudar no trabalho pastoral em Burundi e também na região: Congo, Tanzânia, Uganda e, agora, também no Quênia.”

Foto: Marcia Kazumi

Maria Eliane Nascimento Cesário (Brasil)

“Conheci o Movimento há muito tempo e me emocionei com a história de João Pozzobon. Ele foi casado, ficou viúvo, precisou trabalhar e criar os filhos, mas nunca usou isso como desculpa para não servir à Mãe. Abraçou o chamado e, por causa dele, hoje as imagens estão em todas as casas, e não apenas nas igrejas. É a minha primeira vez em Santa Maria e considero um milagre estar aqui. Sempre tive vontade de vir. Quando cheguei ao Santuário, me senti realizada, como se fosse realmente um chamado da Mãe. Este presente dos 75 anos quem ganhou fui eu. A viagem foi longa: saímos de Caruaru às 22h, passamos pelo Recife, depois Porto Alegre e chegamos a Santa Maria quase 26 horas depois. Ainda não tínhamos nem tomado banho, mas valeu a pena. A história de João, contada em forma de teatro, me tocou muito. É diferente de ler em um livro. Sou promotora vocacional, represento-o e trouxe a capelinha comigo.”


María del Carmen Vázquez (México)

“Vim do México com o coração alegre para este grande jubileu, que preparamos com muito carinho, com muitas contribuições ao Capital de Graças e com amor à Campanha e ao serviço aos irmãos. Nos dois dias de congresso na universidade aprendemos muito e agora seguimos celebrando os 75 anos da Campanha, algo que tanto desejávamos. Foi uma viagem longa, de mais de 12 horas, quase um dia e meio. Mas não é turismo, não é lazer: é uma preparação espiritual para conhecer mais da Campanha. Pode parecer loucura, mas quando se está apaixonado pela missão, vale a pena dedicar tempo e esforço. Estar em Santa Maria é emocionante. Vemos a grandeza de um homem tão pequeno aos olhos do mundo, mas cheio do Espírito Santo. Não o vejo como um herói, mas como um homem humilde que soube escutar a voz de Deus. Isso nos ensina que todos podemos buscar a santidade nas nossas atividades cotidianas, seja como mães de família, seja levando o Evangelho aos mais frágeis, inclusive aos que vivem a pobreza de coração. Estou muito emocionada e feliz. Meu espírito está cheio de alegria por participar desse momento e por poder seguir o exemplo de vida de João Pozzobon.”


Claudia Altagracia Magallanes Figueroa (República Dominicana)

“A história de João Pozzobon chegou até nós na comunidade de Santo Domingo, na República Dominicana, onde temos um santuário fundado em 1973. Lá recebemos formação e conhecemos sua missão. O que mais me inspira é que ele levou a Mãe Peregrina a todos os países, para que todos conhecessem a Mãe e Rainha, Três Vezes Admirável, Vencedora de Deus.”


Maritza Hernandez (República Dominicana)

“O que mais me inspira é que ele levou a Mãe Peregrina a todos os países, para que todos conhecessem a Mãe e Rainha, Três Vezes Admirável, Vencedora de Deus.”

Fotos: Guilherme Brum / PMSM

Com informações de diariosm.com.br

Fonte: schoenstatt.com