Assessores, dirigentes e representantes do Movimento Apostólico de Schoenstatt de diversas regiões, participaram neste final de semana, 25 e 26 de outubro, do Congresso de Outubro, no Santuário Tabor da Permanente Presença do Pai, em Atibaia/SP.
Desde 1945, por iniciativa do Fundador, Pe. José Kentenich, o Congresso de Outubro ocupa um lugar especial na vida da Família de Schoenstatt: é tempo de vinculação, unidade e formação, onde se renova o ardor missionário e o compromisso com a Igreja e com o carisma.
Neste ano, o encontro teve como fio condutor a palavra “diálogo”, presente em todas as palestras, vivências e momentos de oração.
A programação de sábado começou com uma dinâmica de integração, seguida pela palestra “Schoenstatt: um carisma em diálogo”, conduzida pelo Padre Antônio Bracht, Diretor Nacional do Movimento Apostólico de Schoenstatt no Brasil, que convidou os participantes a refletirem sobre a atualidade e a missão de dialogar com o mundo, a Igreja e entre as gerações.
Ir. M. Isabel Machado, Brasília, compartilhou:
“Durante a dinâmica de diálogo, nosso grupo trabalhou a escuta, e foi muito impressionante ver e sentir Deus agindo em cada lugar. Observamos o entusiasmo das pessoas ao partilhar as realidades de seus locais e como Deus atua ali. Espero que esse Congresso nos proporcione mais momentos como esse, para que saiamos daqui com esperança. Venho do Tabor da Esperança — que significa uma confiança vitoriosa em Deus. Ele está presente em todos os acontecimentos e dirige nossas vidas. Desejo que cada um leve isso no coração.”
Rômulo Romanato da união de Famílias de Jundiaí/SP, testemunhou:
“O bonito do Congresso é que ele reúne todos os ramos de Schoenstatt. É praticamente o único encontro do ano em que todos se unem para discutir o presente e o futuro do Movimento, os temas atuais e as nossas esperanças. É um momento de profunda formação e comunhão entre os ramos. Isso é o que torna o Congresso de Outubro tão especial.”
Na parte da tarde, o “Schoenstatt Talk – A Vida no Tabor” trouxe testemunhos de experiências vividas a partir do ideal de Tabor, seguidos de um momento leve e fraterno: o “Café com Diálogo”, espaço de partilha e escuta. Em seguida, um momento de oração “Diálogo com Deus” e a Santa Missa. O dia foi encerrado com a vivência “João Pozzobon, um homem do diálogo”
O domingo iniciou-se com oração no Santuário, seguida da palestra “O jeito Schoenstatt de dialogar”, ministrada pela Ir. M. Nilza P. da Silva, que destacou que o diálogo, segundo o carisma de Schoenstatt, é antes de tudo um estilo de vida, uma atitude interior que nasce da escuta autêntica, da vulnerabilidade e da filialidade.
Ela explicou que o diálogo cristão exige reconhecer os próprios limites e abrir-se à ação de Deus e do outro: “Quando acolhemos nossa pequenez com confiança, nasce a coragem, a empatia e a autenticidade. Ser humano é ter a coragem de amar, de se deixar complementar e de construir vínculos profundos”, afirmou.
A Irmã também lembrou que o jeito schoenstattiano de dialogar é comunitário e mariano — vivido na escuta, na acolhida e na construção de vínculos autênticos, inspirados pelo exemplo de Maria, que escuta e acolhe para transformar.
Maria Auxiliadora Tarifa Coelhos, dirigente do ramo das mães da Vila Mariana., partilhou:
“Para mim, esse congresso foi um impulso para refletirmos sobre o verdadeiro diálogo que precisamos travar com as pessoas: a forma de abordá-las, de conduzir nossos grupos e, principalmente, de respeitar as ideias e opiniões com sabedoria. Que possamos ser um Movimento em saída, levando nossa espiritualidade às pessoas, com o olhar e o coração de Maria, e seguindo o exemplo de João Pozzobon, que nos ensina a humildade e o amor no serviço.”
Anna Maria Campos e Marcos Campos, coordenadores da Campanha da Mãe Peregrina da Diocese de Santos, destacaram:
“É a primeira vez que participamos do Congresso, e algo que mais nos chamou a atenção foi o modo como Schoenstatt aborda o diálogo. Sempre ouvimos falar sobre dialogar, mas aqui aprendemos que o diálogo exige, antes de tudo, escuta — e essa é uma marca schoenstattiana muito especial. Na Campanha da Mãe Peregrina, temos sete cidades na Diocese de Santos, e é essencial escutar a realidade de cada uma para que possamos crescer juntos. Que Nossa Mãe e Rainha nos fortaleça para saber ouvir, acolher e dialogar com proximidade e amor.”
Itamar Rabelo dos Santos, coordenador da Mãe Peregrina de Morro Agudos/SP , relatou:
“Acredito que o diálogo não é apenas falar, mas principalmente saber ouvir. Esse Congresso veio nos ensinar muito sobre isso: ouvir antes de responder, acolher o que o outro tem a dizer. Levo comigo essa mensagem — de escutar primeiro, com o coração aberto, para depois partilhar a palavra. Isso será essencial para o meu trabalho na Campanha da Mãe Peregrina.”
O encontro culminou com a Santa Missa de encerramento, em clima de gratidão e envio.
O Padre Antônio Bracht convidou os participantes a uma reflexão profunda sobre o sentido de tudo o que foi vivido:
“Este congresso foi um tempo fecundo de partilha, diálogo e escuta. Tivemos a oportunidade de olhar para dentro, de dialogar com a vida e com Deus. A vida cresce de dentro — quando rompemos as cascas interiores, nasce algo novo. A força que vem de dentro é a vida que Deus faz brotar em nós”, destacou.
Ele concluiu recordando que o verdadeiro diálogo gera vínculos e fecundidade: “O diálogo é sempre serviço à vida. Minha Aliança de Amor não é para mim, é para o outro. A vida cresce quando permitimos que o interior de Deus encontre o nosso interior”, finalizou.
O Congresso de Outubro 2025 reafirmou o compromisso de Schoenstatt com o diálogo — com Deus, consigo mesmo, com o outro e com o tempo presente —, fortalecendo os laços de unidade e esperança de que nascem do coração da Mãe e Rainha.









