5º Domingo do Tempo Comum

Pe. Francisco José Lemes Gonçalves– Domingo passado celebrávamos a Apresentação do Senhor, ali, Jesus era visto pelo velho Simeão com “Luz que ilumina as nações”. Jesus Luz do Mundo, Maria a portadora dessa Luz; e as obras boas de Jesus deram testemunho do Pai e o glorificaram!

Neste domingo, Jesus fala-nos que somos “sal da terra e luz do mundo”. Que é ser sal? Ora o sal dá sabor a comida, conserva certos alimentos sem deixar que estes percam seu saber e eficiência, o sal dá aquele tempero que quando passamos pela cozinha exclamamos: “hummm que cheiro bom!”; o sal também é medicinal quando usado com moderação. Então… somos chamados a dar esse tempero na nossa vida e em nossas relações. Dar gosto bom aquilo que fazemos, permitir que as pessoas saboreiem o melhor de nós.

 Vinagre e pimenta

 Não podemos ser no dizer do Papa Francisco cristãos com cara de “vinagre e pimenta”. Em nossos ambientes devemos exalar o cheiro bom do tempero de nossa fé. Ser luz do mundo. Essa nossa luz a partir da Luz que é Cristo. Tal qual, a Lua que nos ilumina com a luz do Sol que a banha, como é lindo contemplá-la nas noites de lua cheia, quando está no seu esplendor iluminada pelo Sol. Assim, devemos ser iluminados pelo sol que é Cristo, iluminar as trevas em que muitos vivem ou insistem em viver.

Não podemos esconder a luz de Cristo que nos ilumina, foi assim no simbolismo da vela acesa no Círio Pascal que no dia de nosso Batismo, nossos padrinhos seguravam, com cuidado, uma vela simbolizando a luz que devemos ser, sempre a partir de Cristo. A luz própria gera cegueira e egoísmo. Daí que nossas boas obras sejam vistas e deem glória ao Pai que está nos céus! As nossas boas obras devem ser feitas com plena caridade, quando assim são feitas dão sabor e iluminam.

Nossas boas obras

Cuidado para não fazer as nossas boas obras na expectativa de: sermos vistos, elogiados, esperando recompensas ou compensações; já na primeira leitura Isaías nos adverte e nos mostra como devemos fazer nossas boas obras para que elas agradem a Deus. Sejam feitas sem grandes pretensões, na segunda leitura Paulo se decepciona com sua pregação em Atenas, foi frustrante, mas, em Corinto muda seu jeito de fazer a evangelização: com humildade e linguagem simples para os seus ouvintes. E o fruto… saboroso e luminoso!

Modelo de vida

Olhando nosso Pai e Fundador. Padre José Kentenich, ele nos é modelo de uma vida, que deu sabor e luz por meio da Obra de Schoenstatt, que por sua vez, dá glória ao Pai pelo bem que fez e faz para a Igreja e seus filhos. Na escola de Maria, em seus Santuários de Schoenstatt espalhados pelo mundo, queremos a prender a lição: sermos bons temperos nas nossas realidades e circunstâncias, iluminar as situações de nossa vida e das que sob nossos cuidados e que nossas boas obras deem testemunho da filialidade com o Pai do Céu.

 

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