Toda primeira quinta-feira do mês a Família de Schoenstatt se une espiritualmente para rezar pelas vocações. Neste dia, pedimos ao Pai que envie corações abrasados pela missão de Schoenstatt, também pedimos ao Espírito Santo para iluminar os jovens que buscam dar uma resposta em seu caminho vocacional.

Neste mês de maio de 2021, vamos refletir sobre as diferenças e complementaridades entre vocação e profissão. Veja isso abaixo no texto de Marilene e Olindo Toaldo, da União de Famílias de Schoenstatt:

Qual a diferença entre vocação e profissão?

Muitos confundem “vocação a um estado de vida” com “profissão”. Vejamos a diferença:

– O chamado a um estado de vida é uma opção fundamental para amar e servir.
– Profissão é o modo escolhido de como posso amar e servir; é uma tarefa que me leva a colocar meus dons e capacidades a serviço dos outros.

Em sua bondade e em seu grande amor para comigo, Deus me chamou para ser feliz e realizado também no que vou fazer. Mas, para que se realize este plano de amor e de felicidade que Deus traçou para a minha vida, é preciso que eu faça a minha parte. “Para servir bem, é preciso escolher bem!”

Em que consiste a minha parte?

– Na informação que devo buscar sobre os caminhos vocacionais
– Em considerar a autorrealização um fator relevante e não deixar-me influenciar pelo imediatismo e pela ânsia de ter.
– Em participar, refletir, agir.
– Na decisão própria, pessoal, sem interferência de outros.

Somos todos chamados a um estado de vida. Trata-se de ser alguém. E, para ser, devo orientar-me no seguinte: Sou chamado para amar!

São três os estados de vida. Cada pessoa opta por um deles. É somente num deles que podemos encontrar a felicidade e a realização no amor. São como que três caminhos que se nos apresentam para escolhermos um.

Quais são eles?

♦ O caminho da vida matrimonial, ao qual corresponde o amor esponsal, paternal e maternal.
♦ O caminho da vida religiosa – sacerdócio ou religioso(a), ao qual corresponde o amor paternal, maternal, fraternal e de amizade.
♦ O caminho da vida celibatária, consagrada ou não, ao qual corresponde o amor paternal, maternal, fraternal e de amizade.

Para ser feliz e realizar-se no amor é decisivo tomar o caminho certo. Deus espera a cada um, de mãos estendidas, para nossa felicidade e realização, no final de um desses caminhos. Ele me chama, coloca boa sinalização no caminho. Logo, se eu fingir não escutar sua voz e não ver os sinais, poderei errar o caminho, quer dizer, poderei seguir por um caminho que não é aquele no qual Deus está à minha espera. Consequentemente, não serei feliz e nem poderei tornar outros felizes.

Qual dos três caminhos vou seguir? Vocês talvez estejam se fazendo essa pergunta.

Trata-se de discernir ou de reconhecer a vocação pessoal de cada um, o chamado que Deus nos dirige pessoalmente. (…) O critério de decisão não é escolher ou preferir a vocação “mais alta” ou a “mais perfeita” ou ainda aquela que meus amigos escolhem ou aquela que meus pais querem que eu siga. O critério é reconhecer o que Deus quer de mim. Isto não significa que o critério é o meu gosto ou a minha decisão subjetiva, minha inclinação ou preferência, pois a vocação cristã é atenta e disponível às necessidades da comunidade e de sua missão. Não podemos confundir – como é comum acontecer na época moderna – “vocação” com gosto ou sentimento pessoal (CNBB, 1983, p.40-41).

Toda vocação humana tem suas raízes, seu motivo e sua meta na própria vocação de Cristo. Cristo disse SIM ao Pai e tudo dependeu deste SIM. O exemplo de Cristo nos estimula a educar-nos para a resposta.

Vocês já pensaram qual dos três caminhos será o seu?

Fonte: Educação para o amor – Encontros com Jovens. Olindo Antonio Toaldo e Marilene Machado Toaldo. Gráfica e Editora Redentorista, Goiânia/GO: 2000.

 

Acesso em: schoenstatt.org.br