Tesouro escondido no campo da Igreja

Ir. M. Franciane Castelani– O Reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido no campo; um homem o acha e torna a esconder e, na sua alegria, vai, vende tudo o que possui e compra aquele campo” (Mt 13,44). A vocação é como o tesouro escondido no campo da Igreja, em virtude do qual vendemos tudo para comprá-lo.

Por isso, em cada novo dia, renovo o sim que pronunciei a Deus e renuncio a alguma coisa para que o tesouro da vocação seja uma posse permanente. Quem consagra sua vida a Deus e faz a renúncia de possuir bens materiais, títulos e honras exteriores, encontra nos bens eternos a verdadeira felicidade.

Tive a graça de ser escolhida por Deus para ser Irmã de Maria de Schoenstatt. Ouvi o chamado quando tinha 15 anos e pertencia ao grupo da Juventude Feminina de Schoenstatt, (Jufem) em minha cidade natal, Ribeirão Claro/PR.

Depois que selei a Aliança de Amor com a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, comecei a me questionar: onde é o meu lugar em Schoenstatt? Qual é o caminho de santidade que Deus previu para mim? Qual é a minha vocação e missão em Schoenstatt, na Igreja?

Imagem de Maria no mundo

Em meu coração ardia sempre mais o desejo de ser uma imagem de Maria no mundo, anunciar a mensagem de Schoenstatt e conquistar muitas pessoas para selar a Aliança de Amor com Maria, no Santuário.

Trazia dentro de mim o grande anseio de doar totalmente a minha vida, o meu tempo e as minhas forças a Cristo que me chamava, porque nisso consiste a minha felicidade verdadeira. Todo ser humano busca a felicidade. Ao dizer “sim” ao chamado de Deus em minha vida, pude experimentar: “onde está o teu tesouro, ali está também o teu coração.”  (Cf. Lc 12,34)

Jesus Cristo é radical, Ele me pediu a renúncia de tudo, me pediu que vendesse tudo, mas um tudo que é nada, para possuir o verdadeiro TUDO que é Deus!

Um pedido aos jovens!

A pergunta sobre a vocação pessoal de cada um, não deve ser adiada por tempo indeterminado. Ela se manifesta com diversos rostos e de muitas maneiras. Pode ser que eu, muitas vezes, me faça a pergunta: qual é o sentido da minha vida? Pode ser que se tenha uma sensação de vazio, porque se leva uma vida tão incerta.

A decisão da própria vocação é a decisão sobre o sentido de uma vida plena, repleta de alegria e que deixa vestígios pelo mundo. A descoberta da vocação abre o nosso coração, deixando espaço para que o próprio Deus entre em nossa vida.

E como reconheço a minha vocação?

O Pe. José Kentenich ajudou muitos jovens, no mundo inteiro, a encontrar sua vocação. Uma vez ele aconselhou: “Reze muito e guarde seu coração sempre puro!” Além disso, na busca pela vocação, ele orientava a observar os seguintes pontos: “Não adiar as decisões do dia a dia. Assim cresce a força interior. Buscar a proximidade de Maria. Tomar para si a Palavra de Deus na Sagrada Escritura: “Com amor eterno eu te amei.” (Is 31,3) Buscar um estilo de vida correspondente ao meu anseio e cultivar um relacionamento com pessoas que vivem a sua vocação.”

Jovem, seja qual for a sua vocação, não tenha medo de dizer SIM a Deus. Pense na vocação, reflita, procure discernir e responda ao chamado do divino Mestre, pois somente assim seremos felizes, se acertarmos com o projeto de Deus em nossa vida. Não adie a sua resposta: decida-se!

Pais, avós, catequistas, rezem pela vocação dos jovens, de seus filhos e netos e ajude-os a discernir o chamado divino. A vocação é dom de Deus e reconhecer esse dom em nossa vida é também graça divina que precisa ser implorada.

 

Rezemos, suplicando muitas e aptas vocações:

Querida Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, diante da tua graça da eleição ao chamado à santidade, nós te imploramos: com teu Filho, realiza o milagre das vocações em toda Santa Igreja.

Desperta no coração dos jovens o grande anseio de colaborar na difusão do reino de Cristo, em todo mundo.

Na escola de teu Santuário, educa e forma discípulos-missionários que te sigam fielmente, numa entrega total à vida consagrada e nos diversos carismas da Igreja.

Mãe e Rainha, de todos os vocacionados, concede a graça e o ardor pela missão, a fidelidade, para que todos que já foram chamados e se consagraram, numa vocação de especial serviço, na Igreja.  Amém!