(Foto: Gonzalo Gutierrez via cathopic.com)
Terceiro Domingo da Páscoa
Pe. Francisco José Lemes Gonçalves– O Tempo Pascal que nos prepara para a grande Festa de Pentecostes, onde o Espírito Santo nos fará “testemunhas de Jesus” em nosso tempo, testemunhas de seu amor expresso na entrega por amor na cruz, de uma comunidade que tem Jesus como centro e que nos alimenta na Palavra proclamada, explicada e feita oração. Alimentando-nos com seu próprio Corpo e Sangue nos fortalecendo na missão.
Este Domingo é uma continuidade do evangelho do encontro de Jesus com os discípulos de Emaús. Depois do partir o pão, seus olhos se abriram e reconheceram Jesus. Partiram no mesmo instante para anunciar a experiência que fizeram com o Crucificado Ressuscitado. Junto dos apóstolos, que ouviam a experiência deles, o próprio Jesus se coloca no meio deles. Atônitos, num misto de medo e surpresa e até de dúvida – achavam que estavam vendo um fantasma – Jesus lhes diz que é Ele mesmo mostrando suas feridas de amor.
“Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. (Lc 24,38-39)
As feridas de Jesus são as marcas de quem passou pelo sofrimento, e por meio dele, chegou à ressurreição num corpo glorioso, processo que também nós iremos passar. Diz o apóstolo Paulo: “Se com Cristo somos crucificados, com Ele ressuscitaremos”. Assim como fez com os discípulos, o Crucificado Ressuscitado senta-se conosco, se alimenta e se dá em alimento para nós; confirma as realidades bíblicas que nele são realizadas no seu perfeito cumprimento.
“Assim está escrito: ‘O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém’. Vós sereis testemunhas de tudo isso”. (Lc 24,46-48)
Toda essa experiência se faz em comunidade, que se reúne semanalmente para ouvir a Palavra e se Alimentar do pão e vinho eucaristizados. Verdade que por enquanto, por mediadas de amor para com o próximo e a nós mesmos, estamos ausentes fisicamente de nossas comunidades, mas espiritualmente bem unidos através dos meios de comunicação; onde continuamos, como comunidade, nos reunindo para ouvir a Palavra e nos alimentar do Pão e Vinho feitos Corpo e Sangue do Senhor.
Está é a hora de dar o verdadeiro testemunho de nossa fé, ser como “pequenos círios pascais” a iluminar o mundo em trevas e muito confuso e dividido. Cabe a nós cristãos católicos, em nossa Igreja doméstica, casa do pão, da oração, da solidariedade e da caridade, ser sinal de esperança e fé para os que estão desesperançados e desiludidos.
Hoje é dia 18 do mês, momento em que renovamos a Aliança de Amor com a Mãe de Deus. Espiritualmente, estaremos unidos em nossos Santuários de Schoenstatt Domingo Pascal, para com nossa Mãe e Rainha espalhar as alegrias da Ressurreição. Aos que partiram, que sejam pela nossa Boa Mãe e conduzidos à glória da Ressurreição; e a nós que ficamos, ser testemunhas credíveis de que Ele vive e está no meio de nós!