Renovar a família e educar homens novos para o mundo
Pe. Nicolás Schwizer– Primeiro muitos têm uma imagem da Mãe. É o que chamamos “recanto schoenstattiano”. Depois da Aliança de Amor vão construindo e conquistando aos poucos seu Santuário‑Lar. Alguns têm pressa. Sentem a necessidade imperiosa da Mãe em sua casa; outros necessitam mais tempo. Mas cada família autenticamente schoenstattiana cedo ou tarde que não pode seguir adiante sem ter a Mãe de Deus no centro do seu lar.
O Fundador Pe. José Kentenich intui uma estratégia divina por trás disso. Tal como o cristianismo original surgiu nas famílias, assim também a renovação do mundo deve partir dos lares. Nesse círculo pequeno e íntimo a Mãe quer realizar sua missão, ao renovar a família e educar homens novos para o mundo de amanhã. E em torno a essas famílias renovadas vão nucleando-se outras famílias que experimentam a influência do Santuário-Lar. Assim, nossos lares obrarão como imã: atrairão outros e assim ampliar-se-á o círculo mais e mais. E conclui: “A renovação de nossa família, especialmente a que se realiza através do esforço sério pelo Santuário‑Lar, parece ser um caminho excelente para construir um mundo novo, um mundo totalmente novo no qual Maria possa atuar como o fez em casa de Zacarias ou nas bodas de Caná”.

Instituição de Santuário-Lar / Foto: Ir. M. Márcia Silva
Santuário aberto, apostólico. Se nossos parentes e vizinhos chegam à casa e se aproximam com fé ao Santuário‑Lar, então se converte também para eles em lugar de graças. O Padre nos convida, por isso, a abrir nosso Santuário, a oferecê-lo a nossos irmãos necessitados. Quando um pobre bate a nossa porta e pede-nos algo de comer, nenhum de nós vai negar. E o mesmo havemos de fazer quando alguém busca ajuda espiritual. E o melhor que se pode oferecer é colocá-lo em contato com a Mãe e Rainha da casa.
A Virgem mesmo parece estar ansiosa por encontrar-se com todos os seus filhos. Por isso quer que se façam mais e mais Santuários‑Lares. E se as pessoas não chegam a seus Santuários, Ela toma a iniciativa, sai e os vai buscando.
Penso que a Campanha da Mãe Peregrina é um exemplo disso. A Mãe torna-se Peregrina para visitar todos seus filhos, brindar-lhes suas graças e obrar milagres em seus lares. Por isso, nos pede abrir nossos Santuários ao mundo. Pede que convidemos as pessoas que entrem para que possam experimentar o que nós estamos vivendo.
É verdade que nosso primeiro apostolado deve ser a própria família. Mas não devemos ser egoístas. A Mãe também quer enviar-nos desde seus Santuários e para isso nos oferece a graça da fecundidade apostólica. Ela quer utilizar-nos como instrumentos, para que todas as famílias de nosso bairro, de nossa cidade e de nossa pátria convertam-se em famílias de Nazaré. Tal como reina e educa em nossas famílias schoenstattianas, assim quer atuar também nas demais famílias.
Ela pretende, através de nós, transformar o país numa Nação de Deus, onde Cristo é a cabeça e Ela o coração. E então, que melhor obra apostólica poderíamos realizar que levar a todos nossos irmãos para Ela. E assim a Mãe pode cumprir sua missão também com eles e dar a eles suas graças e dons. Se olharmos as coisas neste contexto, percebemos que nosso Santuário‑Lar é um presente imensamente grande. Não poderemos nunca agradecer o suficiente por isso. Mas, por isso mesmo, é também um desafio muito grande: não podemos defraudar a Mãe, temos que nos colocar docilmente a sua disposição para seus grandes planos de conquista. E, principalmente, temos que levar a sério nosso Santuário‑Lar, crer na presença de Maria no meio de nossa casa, confiar firmemente em seu poder de Mãe e Educadora e entregar-nos a Ela com um coração filial.
Perguntas para a reflexão
Mostramos a nossas visitas nosso Santuário-Lar?
Tenho momentos de oração no Santuário-Lar?
Se ainda não o tenho, o que estou esperando?
Se desejar comentar o texto ou dar seu testemunho, escreva para: pn.reflexiones@gmail.com