Em 1º de julho de 1961, João Pozzobon relata ao seu bispo uma de suas ações apostólicas: a celebração pascal para os moradores do km 3, em sua grande maioria ferroviários. Confiante na Mãe de Deus, João preparou uma lista de nomes e fez o convite de porta em porta, despertando as pessoas. Se levantou de madrugada pelas 4h45. Começou a chover… João partiu com uma capa de chuva e dois guarda-chuvas, para emprestá-los a quem precisasse.
Quando o sr. João Pozzobon bateu numa porta, um homem lhe respondeu que estava gripado. Então, João lhe disse:
– Eu lhe empresto uma capa de chuva.
– Mas, não é sua?
– Não importa… eu já estou molhado – disse sr. João.
“A ‘capa’ fez apostolado: o homem ficou tocado e recebeu a comunhão” escreve João. “Excelência, chorei; eu não conseguia nem rezar comovido por ver 70 homens que vieram para receber a comunhão, preparando-se com a confissão. Durante 2 horas e meia o Revmo. Pe. Matheus Juliani atendeu as confissões. Que alegria para Jesus e Maria.”
Pozzobon disse ao bispo que nunca havia tido a experiência de arrancar aos homens mais duros de sua cama, de madrugada, em um dia de chuva, que permaneceram 3 horas na Igreja. “O confessionário é a arma de combate… E não foram feitas grandes convocações públicas, tudo oculto, sem aviso posto na porta da Igreja, somente pelo encontro pessoal.”
No dia 8 de julho se comemorava mais um aniversário de ordenação sacerdotal do Pe. Kentenich. João fez uma anotação: “Salve, Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt; salve fiel instrumento Pe. Kentenich; salve a Família; salve o Santuário que opera graças maravilhosas e milagrosas, salve a bandeira à qual juramos fidelidade!”
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Imagem: Arquivo
Fonte: Uriburu, Esteban. João Luiz Pozzobon, peregrino e missionário de Maria