A Sagrada Eucaristia
Pe. Francisco José Lemes Gonçalves– Podemos dizer que a Solenidade de Corpus Christi é uma extensão da Quinta-feira Santa, onde Cristo instituiu o sacramento da Eucaristia de amor e de presença entre nós. Naquela noite, fomos convidados a vigiar com o Senhor, e na Sexta-feira Santa contemplar o que fizera na noite anterior, agora ali no Calvário concretiza o sacrifício que pedira para fazer em sua memória. “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,56). É uma relação vital para nós e para a Igreja!
O Pão que comemos e o Sangue que bebemos também adoramos, pois, eles são a alma, divindade e humanidade de Jesus que ao recebê-lo Ele vai aonde estamos e com quem fazemos vida. A comunhão não pode ser um momento vivido na Igreja pedra, na Igreja estrutura, mas a partir desta realidade atingir, alcançar a todos.
Não devemos comungar apenas por preceito ou cheio de escrúpulos, mas comungar Jesus e essa comunhão se expressará na solidariedade com os pobres e desvalidos, principalmente nestes tempos de pandemia. Nossa eucaristia se torna vazia, se ao recebermos Jesus com tanto respeito e adoração, e os nossos semelhantes tratar com indiferença, preconceito, e usar as redes sociais para difamar e destruir; aí comungamos nossa própria condenação!
Que esta solenidade desperte em nós um amor pela Santa Missa, especialmente aos domingos, Dia do Senhor e dia de nos encontrar como comunidade para ouvir o Pão da Palavra – à Mesa da Palavra – onde somos instruídos e encorajados; e nos aproximar com fé e verdadeira fome do pão eucarístico remédio para o corpo e para a alma.
Que nossos Santuários de Schoenstatt se tornem verdadeiras “casas da Palavra e do Pão”, com nossa Mãe e Rainha sejamos no mundo homens e mulheres verdadeiramente eucarísticos!