“Não temais, pequeno rebanho, porque foi do agrado de vosso Pai dar-vos o Reino”
Por: Pe. Francisco José Lemes Gonçalves
Jesus ama seu pequeno rebanho e dele cuida e nos alimenta a fé com sua presença eucarística, nos encoraja quando nos fala e nos envia fortalecidos para anunciar o Reino aos que estão longe e se fiam nas coisas do mundo que são passageiras. Para servir o Reino devemos estar desapegados e ajuntar tesouros no céu, aonde a traça não corrói e nem ladrão pode roubar.
Tomar cuidado para que nosso coração não esteja ancorado em tesouros que passam e deles nos escravizam, impossibilitando a sermos trabalhadores instrumentos do Reino no mundo. Chama-nos a estarmos vigilantes com nossas “lâmpadas acesas” pois, não sabemos quando Ele virá e quando vier que nos encontre fazendo o bem, agindo no mundo, não nas arquibancadas, mas no campo de ação! Se assim nos encontrar sentar-se-á a mesa conosco e Ele mesmo nos servirá.
Que alegria ao nos encontrar trabalhando pelo Reino, nos doando sem reservas, perseverantes e vigilantes (não uma vigilância medrosa, mas atenta e alegre) Ele (Jesus) nos convidará para o banquete eterno e com Ele comeremos e nos alegraremos! Quão grande deveria ser nossa alegria, já aqui na terra.
Não tenhais medo
Esse evangelho deve ser para nós uma injeção de muito animo na missão, mesmo que as coisas não saiam como esperávamos, mas ter a certeza que Deus tudo proverá da melhor maneira. Mesmo que o mundo queira desviar nossa atenção nos oferecendo “tesouros” e até nos levando a pensar que não vale a pena tanta doação pela causa do Evangelho… Jesus nos acalma dizendo: “Não tenhais medo”!
Figura do pai
Mês Vocacional nesta segunda semana somos chamados a rezar pela vocação para a vida de família, com ênfase na figura do pai. Ser pai a imagem do Pai na sua generosidade, bondade e acolhimento. Ser pai a imagem do Pai das misericórdias como se vê na passagem do “filho pródigo”, ser pai como o Pai do Céu se alegra por um só pecador que se converte – se alegrar com as pequenas ou grandes vitórias dos filhos.
Ser pai como o Pai do Céu prove o pão de cada dia – prover sem exageros o pão de cada dia na família e ensinar aos filhos o que se tem a mais deve ser partilhado com os que nada tem. Ser pai que gera filhos para a Igreja, ensinando-os a amar a Deus e ter na Mãe de Deus um colo materno e educador.
Com as palavras de nosso Pai e Fundador desejo a vocês pais: “Não há nada mais belo e grandioso para um pai autentico do que constatar poder dizer-se a si próprio: tornei-me para meu filho a imagem ideal de Deus.
Pude esforçar-me, por meu procedimento, para gravar em meu filho a imagem de pai, a imagem de Deus e, deste modo, ele obteve um conceito autentico e sadio de Deus. Algo mais belo não poderei legar ao filho” (Linhas Fundamentais de uma pedagogia moderna para o educador católico. Padre José Kentenich, pág.204)
Um abençoado e feliz dia dos pais, em nossos Santuários, na patena, colocaremos os pais vivos e falecidos. Aos vivos perseverança na educação dos filhos e aos mortos a recompensa pelo bem que puderam fazer!
