“Schoenstatt trouxe também para mim uma grande missão para realizar” João Luiz Pozzobon
Ir. M. Márcia Carmo – O que move uma pessoa a assumir a responsabilidade na evangelização de um grupo de trinta famílias? O que impulsiona esta pessoa a promover a oração do terço com as famílias, incentivá-las na participação da missa, organizar romarias ao Santuário e ainda encontrar tempo para participar de encontros e formações?
Você conhece alguém assim? Se a resposta é ‘sim’, certamente trata-se de um missionário da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt.
Ser missionário é VOCAÇÃO.
“Aos 46 anos, a Mãe me chamou para seu Santuário, onde descobri minha vocação”, essas palavras de João Luiz Pozzobon, revelam que na vida do missionário da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt repetem-se as palavras de Jesus: “Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi.”[1]
Cada missionário tem uma história. Deus é criativo e encontra diversas formas para chamar seus filhos, assim eles relatam:
“Procurei a Mãe Peregrina e de repente ela chegou nas minhas mãos”
“Desde criança vi a foto da Mãe e Rainha e do Pe. Kentenich na novena que tinha na minha casa, não sei de onde veio, pois não recebíamos a visita da Mãe Peregrina. Quando me casei, procurei como receber a visita de Nossa Senhora em minha casa, soube que tinha uma imagem que no bairro, mas ninguém sabia dizer quem era o responsável. Eu não sabia qual imagem era, mas ficava inconformada, pois como é possível que tem uma imagem visitando as famílias e ela não passa na minha casa?
Então, depois de um tempo, chegou uma pessoa até mim, me deu uma sacola e disse: ‘Está aqui, eu não quero mais, cuida dela!’ Ao abrir a sacola, vi que era uma imagem da Mãe Peregrina, mas estava muito danificada. Não sabia o que fazer, então conversei com o padre e disse que faria a reforma da imagem, depois pedi para ele abençoar e comecei a levar nas famílias da minha rua.
Logo que comecei a peregrinação apareceram muitas pessoas interessadas, então fui novamente falar com o padre, pois precisávamos de mais imagens e enquanto falava chegou na paroquia a filha da pessoa que era coordenadora da Campanha da Mãe Peregrina e daí consegui contato e informações de como funcionava a peregrinação das imagens.
Quando as Irmãs, em Londrina, souberam da reforma que tinha feito, levaram um susto, mas depois entenderam que não sabia e fiz de coração. Nas semanas seguintes visitei todas as famílias do meu bairro e fiz a lista para trazer as imagens e hoje temos a visita da Mãe Peregrina nos três bairros que pertencem a minha comunidade. Eu me encontrei em Schoenstatt, deixei algumas coisas na Igreja, pois não conseguimos dar conta de tudo, mas falei para meu esposo que nunca vou deixar de Schoenstatt, pois me identifiquei com a espiritualidade do Movimento”. Adriana Bordin Teixeira, Arapongas/PR.
“É impossível dizer não a um pedido da Mãe”
“Já faz 24 anos que recebi o chamado para ser missionária da Mãe Peregrina de Schoenstatt. Foi numa época muito difícil da minha vida, pois tinha sofrido um acidente no qual meu marido morreu e fiquei com duas crianças pequenas. Eu morava num bairro novo, rezava todos os dias a novena do livrinho verde e cada vez mais me apegava a Mãe e Rainha.
Com o passar do tempo senti que faltava algo, então conversei com a coordenadora paroquial para trazer a Campanha da Mãe Peregrina ao nosso bairro, que na época tinha só 14 casas. Hoje temos três imagens neste bairro, na região são 24 imagens. A cada dia fui me envolvendo mais com a campanha, fui convidada para ser coordenadora de grupo, ajudei na coordenação e depois de um tempo a coordenadora me convidou para assumir a coordenação paroquial. Parece que um pedido que a Mãe e Rainha faz não tem como dizer não. A cada dia, nesses 24 anos, me envolvo mais”. Ana Maria Oliveira Rezende, Ibiporã/PR.
“Estávamos precisando da presença de Deus e de Nossa Senhora”
“Recebi o chamado no ano de 1998, foi um momento muito especial, porque tinha acabado de constituir minha família. Nós estávamos precisando muito da presença de Deus e de Nossa Senhora. Foi maravilhoso, porque até então não estávamos engajados. O chamado para ser missionária nos ajudou a aprofundar-nos no amor que Deus e de Maria tem por nós, seus filhos. É uma alegria poder levar a Mãe Peregrina nas famílias. É gratificante estar a serviço da mãezinha e de seu filho amado, pois sabemos que muitas famílias são evangelizadas através desta missão”. Marli Aparecida Costa, Londrina/PR.
“Ser missionário é responder sim ao chamado de Deus”
Para Susana Barboza Antônio, de Cambé/PR, ser missionária “é estar em constante dependência da Mãe de Deus e com ela aprender a amar Jesus e levá-lo aos lares, assim como Maria fez na visita a sua prima Isabel”.
No trabalho silencioso, os missionários da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt transforma-se em pontes que leva a Igreja às famílias e as famílias para a Igreja. “Mais do que uma escolha nossa, a vocação é resposta a um chamado gratuito do Senhor.”[2]
Referência:
[1] João 15, 16
[2] Carta do Papa Francisco aos Presbíteros. http://www.vatican.va/content/francesco/pt/letters/2019/documents/papa-francesco_20190804_lettera-presbiteri.html