Reflexão para o 3º Domingo do Tempo da Quaresma
“(…) Senhor, dá-me dessa água…”

Pe. Francisco José Lemes Gonçalves – Nos domingos anteriores vimos que: o diabo queria minar a missão de Jesus (1º Domingo), mas Deus vem em socorro de seu filho e o declara seu Filho muito amado e pede que nós o escutemos (2º Domingo); neste domingo Jesus, o Filho muito amado, é a água viva que sacia a nossa sede e nos revela que a verdadeira religião é de adoradores que adoram a Deus em espírito e verdade. Ou seja, devemos ter cuidado para que nosso agir religioso não seja uma prisão de Deus que o impeça de agir com a sua graça. A religião é ligar ou seja, fazer pontes, e nunca, jamais desligar e levantar muros.

Na primeira leitura vemos a impaciência do povo que no deserto caminha e sente sede. Esquecem que Deus é a fonte viva de água que os libertou da escravidão. Começam a murmurar e a duvidar da presença de Deus com eles. Quantas vezes agimos assim nas horas de “deserto da vida”? Partimos para cima até dos servos de Deus (lá fora Moisés, hoje os ministros ordenados de Deus pela Igreja). Como Moisés ainda existem ministros intercessores que se dirigem a Deus e transforma nossos desertos em oásis; afinal Deus não nos fez para vivermos no deserto, mas para florir.

Na comunidade nós nos aproximamos da Mesa da Palavra e da Eucaristia poços de água cristalina, numa Filho Amado do Pai nos fala, ouçamos sua voz e não fechemos nossos corações, noutra nos alimenta para que possamos como a samaritana anunciar a boa nova e mostrar o verdadeiro poço de água pura e cristalina.

Nosso Santuário de Schoenstatt é esse poço onde a Mãe de Deus, com segurança, nos aproxima da ÁGUA VIVA que é seu Divino Filho, nos ensina a adorar ao Bom Deus em espírito e verdade, nos ajudando a fazer de nossa vivência religiosa construtores de pontes. Que os peregrinos que vierem aos nossos Santuários neste Domingo Quaresmal possam beber abundantemente da ÁGUA VIVA que nossa Mãe Três Vezes Admirável nos aponta.