A imagem da Igreja segundo o fundador de Schoenstatt, Pe. José Kentenich
Pe. Marcelo Cervi – A imagem da Igreja que o Pe. José Kentenich nos apresenta é aquela do Concílio Vaticano II. Sua concepção de Igreja não pode ser compreendida sem as declarações conciliares sobre a Igreja, especialmente as contidas nas Constituições Lumen Gentium e Gaudium et Spes. Assim, se quisermos conhecer a ideia de Igreja do nosso Fundador, basta ter em mãos os documentos do Concílio.
O Pe. Kentenich dizia que Schoenstatt antecipou a nova imagem da Igreja proposta pelo Vaticano II. De fato, quem conhece a história de Schoenstatt sabe que muitas coisas ditas e propostas pelo Concílio – especialmente sobre como a Igreja entende a si mesma e sobre como devem relacionar-se os diferentes sujeitos eclesiais – coincidem com o que a Família de Schoenstatt compreendeu e viveu desde seus primórdios. Portanto, há uma espécie de “sintonia natural” entre Schoenstatt e o Concílio Vaticano II e isso não é uma coincidência, mas uma iniciativa do Espírito Santo.
Por isso, a Obra de Schoenstatt deve sempre girar em torno do Vaticano II e colaborar ativamente na execução das tarefas confiadas à Igreja pelo Concílio (“missão pós-conciliar da Igreja”, como costumava repetir o Pe. Kentenich). Uma dessas tarefas é, por exemplo, a reforma da Igreja à luz do novo modo como esta vê a si mesma. Praticamente, o Pe. Kentenich apresentou esse entendimento em pelo menos três ocasiões, falando da “Nova Imagem da Igreja”.
“Nós, como Família total
[1] Manuscrito Schoenstatt e a Igreja. Palestras proferidas pelo Pe. José Kentenich, nos anos de 1965/1966 em Roma Fonte: schoenstatt.org.br