Apóstolo é exemplo missionário
Hoje, dia 25 de janeiro, a Igreja celebra São Paulo, “Servo do Cristo Jesus, chamado para ser apóstolo, escolhido para anunciar a Boa Nova de Deus, que ele tinha prometido nas Sagradas Escrituras por meio de seus profetas, a respeito de seu Filho, nascido da estirpe de Davi segundo a carne e constituído Filho de Deus com poder segundo o Espírito santificador. (Ro 1, 1-4).
Sobre a conversão de São Paulo, nas palavras do Pe. José Kentenich, “o sentido de sua conversão, a única tarefa de sua vida foi imprimir ao mundo os traços do rosto de Cristo. Como se comprovou neste sentido, ao longo de toda a sua vida! Mas também se comprovou após a morte. Na eternidade continuaremos, com a nossa intercessão, a realizar as tarefas que assumimos e iniciamos aqui na terra. Isto também se aplica à Paulo.”
A graça da missão
Assim como Paulo, somos chamados para uma missão. O Fundador nos apresenta o Apóstolo com o um grande incentivador, principalmente diante das dificuldades que surgem pelo caminho. “Quanto sofrimento, quantas desilusões encontramos na vida de São Paulo. No entanto, ele não cessa de dizer: fui enviado. Quando enumera o catálogo de seus sofrimentos, constatamos: na verdade, somos apenas pequenos anões. A vida de Cristo e dos cristãos é uma vida de lutas e de cruz. Em Paulo, a graça da missão manifesta-se como consciência de missão (…). Se lerem as confissões do Apóstolo Paulo, verão que ele não se cansa de repetir: fui enviado. Não se refere às suas capacidades, nem à sua instrução, nem ao fato de ter cursado escolas superiores, de ter feito muitas experiências. Seu único esteio é a consciência de missão.”
Somos chamados a servir!
A partir do momento que recebemos uma missão, somos chamados e escolhidos por Deus para segui-lo. Para o Pe. Kentenich, “Paulo insistia tanto na missão que recebeu do alto e não se referia muito às suas capacidades e às suas qualidades humanas, fazia-o, sem dúvida, para seguir as pegadas de Jesus. Ele também afirmou: ‘E quem me enviou está comigo. Não me deixou sozinho’ (Jo 8,29). Que queria dizer? Ele também foi enviado pelo Pai: consciência de missão. ‘Aquele que me enviou está comigo; ele não me deixou sozinho’. Por quê? ‘Porque faço sempre o que é do seu agrado’ (Jo 8,29), o que o Pai deseja de mim. Podem ler um trecho após o outro e constatar continuamente que Paulo e Jesus tinham a mesma atitude fundamental.’”
Qual é a minha missão?
Em alguns momentos da vida podemos nos questionar: Qual é a minha missão? O Fundador nos convida a buscar a resposta no exemplo de Paulo. “Lançando um olhar a São Paulo, posso dizer: minha missão foi e é anunciar ao mundo o mistério de Maria! Minha tarefa é anunciar a Mãe de Deus, revelá-la ao nosso tempo como Auxiliar permanente de Jesus em toda a Obra da Redenção, como Corredentora e Medianeira de Graças; a Mãe de Deus, com a missão específica que tem para os tempos de hoje, a partir de seu Santuário e profundamente unida a Jesus, na união dos dois!”
Rezemos, com o Pe. Kentenich, o que aprendemos de São Paulo:
“Em tudo somos oprimidos, mas não sucumbimos. Vivemos em completa penúria, mas não desesperamos. Somos perseguidos, mas não ficamos desamparados. Somos abatidos, mas não somos destruídos. Trazemos sempre em nosso corpo os traços da morte de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo. Estando embora vivos, somos a toda hora entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus apareça em nossa carne mortal. Assim em nós opera a morte e em vós a vida” (II Cor 4, 8-12).
Referência:
WOLF, Pe. Na escola do Apóstolo Paulo- Textos escolhidos do Pe. J. Kentenich. Santa Maria/RS, 2008.