Neste dia 15 de maio celebramos o dia Internacional da Família, e justamente neste tempo, somos convocados a permanecer em isolamento social. Vivendo a fé prática na Divina Providência como o Pe. José Kentenich, podemos dizer: temos hoje a oportunidade de lançar um novo olhar para dentro do nosso lar.

Nosso Fundador sempre nos indicou a importância de viver em família. Diante do cenário em que nos encontramos, o Santuário-Lar se torna ainda mais nosso refúgio, em meio as mais diferentes aflições que batem à nossa porta. Adriana e Ronaldo Cominato, de São Paulo/SP, contam como têm vivido este tempo de pandemia em família:

“Esse tempo especial e diferente nos fez refletir muito mais sobre a atitude do Pe. José Kentenich, no campo de concentração. Ele viveu uma situação semelhante à nossa, de angústia, medo, incerteza, morte… Mas o Pe. Kentenich não se impressionou com tudo isso, pois o seu coração era livre!

Diante do grande desafio de educar nossos filhos, de fortalecer nosso matrimônio, de fazer reinar em nosso lar a verdadeira alegria, precisamos ter a mesma atitude do Pai e Fundador, ou seja, não se angustiar com a pandemia e sim crescer na fé prática na Divina Providência.

Estamos numa guerra, assim como esteve o Pe. Kentenich em Dachau,  temos uma poderosa arma, o Santuário-lar. A Mãe de Deus mora em nosso lar, Ela reina, vence e triunfa! Somos, por isso, capazes de assumir a vida na “prisão” e podemos assim confiar plenamente em Deus Pai que nos ama incondicionalmente.

No Santuário-lar temos a graça da transformação, que nos ajuda a enfrentar e vencer o medo e nos torna totalmente livres, verdadeiros filhos de Deus. O Santuário-lar não faz mágica, mas é um processo educativo e também de graças, não é?

É no Santuário-lar que estamos vivendo esse tempo com nossos filhos, renovando a nossa missão como família, pois temos a oportunidade de repensar nossa história, revisar profundamente nossa vida espiritual e escutar com mais silêncio e atenção a mensagem que Deus Pai nos tem dado.”

Na família de Adriana, o Santuário-lar já é uma realidade desde sua infância. Algo muito marcante neste tempo de pandemia foi a comemoração dos 45 anos de instituição do Santuário-lar de seus pais. Ela nos conta:

“Pudemos nos conectar por vídeo e com toda a família rezarmos o terço, meditarmos a oração daquele dia 1º de maio de 1975, no qual a Mãe aceitou o convite de fazer sua morada naquele lar. Somos frutos desse Santuário, dessa história santa!

Quanto mais forte é o nosso amor por nossa família, quanto mais entrelaçados um no coração do outro, mais fácil será o caminho para o céu!”

Com essa experiência, a família de Adriana e Ronaldo nos mostram o verdadeiro valor das vivências familiares:

“Certa vez assistimos o filme italiano “A vida é bela”, no qual, durante a Segunda Guerra Mundial na Itália, o judeu Guido e seu filho Giosué são levados para um campo de concentração nazista. Afastado da sua esposa, ele tem que usar sua imaginação para fazer o menino acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê-lo do terror e da violência que os cercam.

Transformar aquilo que é terror em céu, semear a esperança, essa é nossa tarefa como pais. Apreciar com mais profundidade o pôr do sol, o brilho das estrelas e da lua, preparar comidas deliciosas, aprofundar as conversas quando estamos à mesa no momento das refeições, promover brincadeiras que envolvam os quatro filhos (desde a mais velha de 18 anos até o caçula de seis) e especialmente vivenciar bem o tempo em que estamos como família no Santuário-lar…  Entregar tudo isso, com alegria, à nossa querida Mãe é um pouquinho do que estamos fazendo neste tempo novo.

Agora temos a melhor oportunidade de ser a família que o nosso Pai e Fundador desejou: com liberdade interior e bem mais forte nos vínculos!”

“Como eu tenho me dedicado à minha família neste tempo”?

Neste Dia Internacional da Família, queremos rezar e refletir: “Como eu tenho me dedicado à minha família neste tempo”? Há quanto tempo as famílias não tinham a oportunidade de sentar juntas para rezar, tomar as refeições, conversar, rir, chorar, tomar decisões e entre tantas coisas que vão sendo deixadas de lado em nome de compromissos “mais urgentes”. Aproveitemos este tempo e façamos novas experiências em família, assim como Adriana compartilha conosco:

“Logo na primeira semana da reclusão, diante da Rainha da Nobreza (1) no Santuário-lar “Castelo de Vida” demos um cacto para cada um de nossos filhos e explicamos o significado desse presente: que essa plantinha seja um marco, de deserto e resistência, desse período que estamos vivendo. Unidos como família, esforçando-nos por estar cada vez mais um no coração do outro, possamos caminhar como Jesus, do Gólgota à Ressurreição. Que nossa Mãe e Rainha cuide de nossa vida interior, pois só assim venceremos.”

Adriana e Ronaldo Cominato pertencem ao Instituto de Famílias de Schoensttatt

Foto: schoensttat.org.br