“O meu amor a Maria deve ser, acima de tudo, ligado a Cristo, em intimidade com Cristo e arrebatado por Cristo. E se meu amor a Maria não for assim, nele falta algo” (Pe. José Kentenich) Ao entrar no Santuário, talvez a primeira imagem que traga impacto é o quadro da Mãe e Rainha de Schoenstatt. Nele, essa experiência se repete muitas e muitas vezes: a Mãe nos recebe, nos envolve em seu coração e direciona todos para o encontro pessoal com Jesus no Tabernáculo. Uma curiosidade Nesta quarta-feira nós recordamos uma solenidade especial: no dia 4 de novembro de 1914 o santíssimo foi entronizado no Santuário Original de Schoenstatt. Isso significa, para quem lembra bem os detalhes da história de Schoenstatt, que Jesus Eucarístico chegou ao Santuário antes da imagem da MTA. Em nosso Movimento, a Mãe de Deus é a protagonista da Aliança, mas, desde sempre, Jesus é o centro. Nesta conferência com os congregados, o Pe. José Kentenich descreve a antiga capela da Congregação e suas palavras podem descrever também o interior do nosso Santuário: Realmente, a imagem de Maria domina a Capela no seu ponto central, mas não constitui seu centro. Este é única e exclusivamente o Tabernáculo e Aquele que nele habita: Jesus Cristo, bendito por toda a eternidade: o ponto de partida e a meta de toda a nossa religião. Assim também, o fim último da Congregação [2] [do Movimento de Schoenstatt] não é Maria, mas Jesus. Nós nos consagramos sem reservas à Beatíssima Virgem, para que Ela nos conduza ao seu divino Filho, assim como aqui na imagem Ela, com suave violência, conduz a Jesus o receoso e hesitante João. Por Maria a Jesus! Esta é, na forma mais resumida, a grande finalidade da Congregação. Como Maria nos deu Jesus, assim também Ela nos leva a Ele, e Ela não tem outra preocupação, não tem maior preocupação do que a de nos unir do modo mais íntimo a Ele – como Ela aqui, em corpo inteiro, vela cuidadosamente pelo Tabernáculo. Esta palavra da Sagrada Escritura, a Igreja a aplica à Nossa Senhora e Rainha: “Quem me achar, achará a vida, achará e conservará a fonte de toda a vida: Jesus Cristo” (Prov 8,35). De fato! Poderíamos escolher e desejar melhor Guia do que Ela, a Mãe natural e a comprovada Educadora de Jesus?! Maria nos conduz, não nos leva pela mão. Ela não quer que se desenvolva uma passividade preguiçosa. O caminho que Ela nos indica com sua mão experimentada é muito íngreme e cheio de pedras para tanto. […] Somente quando nossas forças, com a maior boa vontade, realmente não forem suficientes é que Ela nos ajudará a superar as dificuldades. O caminho é duro e íngreme: encontramo-lo no princípio que São João Batista levou à prática: “Cristo deve crescer e eu, diminuir” (Jo 3,30). Deve diminuir em nós, devo despir-me de todo o egoísmo, do amor ao mundo e para isso devo, conforme as palavras do Apóstolo Paulo, “Christum induere”, isto é, revestir-me de Cristo, devo, como diz o mesmo Apóstolo em outro lugar, “alter Christus fieri”, tornar-me um outro Cristo (cf. Rom 13,14). * Pe. José Kentenich em: Conferência da Fundação da Congregação Mariana, 19 de abril de 1914. Livro – Cristo Minha Vida [1] Congresso de Outubro da Família de Schoenstatt, 16 a 20 de outubro de 1950. Livro: Cristo Minha Vida [2] Esta conferência é dada aos jovens da Congregação Mariana que fundaram Schoenstatt Fonte: schoenstatt.org.br
[1]