(Foto: catóptico via cathopic.com)
Eis o tempo de conversão, perdão e santidade
Juliana Dorigo– A Quaresma é o tempo litúrgico onde nos preparamos durante 40 dias para vivenciar a Semana Santa e o Tríduo Pascal, Morte e Ressureição do Senhor. São João Paulo II explica que “o mistério pascal é o ponto culminante desta revelação e atuação da misericórdia, que é capaz de justificar o homem, e de restabelecer a justiça como redenção daquele salvífico que Deus, desde o princípio, tinha querido realizar no homem e, por meio do homem, no mundo. Cristo, ao sofrer, fala de modo particular ao homem e não apenas ao homem crente.”[1]
Neste tempo de preparação e recuperação. Quais os frutos podemos colher?
O primeiro fruto é a conversão! É um tempo especial para se converter e reaproximar do Senhor. Através da penitência, nos permitimos romper tudo aquilo que nos afasta do verdadeiro sentido do mistério da Salvação. Pela conversão nos comprometemos a ter um tempo de oração, nos reaproximar da Eucaristia ou ainda rezar por alguém que necessita. “A Quaresma é um tempo favorável de renovação pessoal e comunitária que nos conduz à Páscoa de Jesus Cristo morto e ressuscitado.” (Papa Francisco, 2022)
O segundo fruto é o perdão! A Quaresma é onde reconhecemos que somos pecadores e nos preparamos para vivenciar o momento em que Jesus se entrega à Cruz para nos salvar do pecado, reconhecendo que é perdoando que se é perdoado. Por isso, é importante receber o sacramento da confissão para nos fortalecer e continuar nossa caminhada. “As pessoas que verdadeiramente dão seu coração são as que perdoam prontamente aos seus ofensores.”[2]
O terceiro fruto é a santidade. Quando alcançamos a conversão e o perdão nos voltamos para o caminho em busca da santidade diária. O Pe. José Kentenich nos ensina: “Pela habitação de Deus, nossa alma é consagrada, torna-se um templo do Espírito Santo, mais ainda: um templo da Santíssima Trindade. Com isto, também nosso corpo se envolve nesta unção sagrada ‘Porque é santo o templo de Deus que vós sois’ (1Cor 3,17). Como deveríamos sentir-nos enaltecidos com este pensamento: somos igrejinhas ambulantes, santuários vivos da Santíssima Trindade.” [3]
Como exemplo na busca da santidade diária, o Servo de Deus João Pozzobon “esforçou-se seriamente pela própria santidade, desenvolveu um grande impulso missionário, e uma vasta criatividade catequética, viveu uma autêntica comunhão dentro de sua Igreja Diocesana e empenhou-se pela dignificação do homem a serviço dos mais pobres e necessitados.”[4]
Que neste tempo de preparação, a Mãe de Deus possa interceder para que possamos colher os frutos deste tempo quaresmal, Ela que do céu intercede junto a seu filho Jesus por todos nós pecadores, na Aliança de Amor de teu Santuário ela conduz os filhos que buscam abrigo, proteção e desejam ser para um mundo um sinal de Deus.
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Referências:
[1] PAULO II, São João. A Misericórdia Divina: carta encíclica Dives in misericórdia. 9ºEd. Paulinas, São Paulo, 2005.
[2] SWINDOLL, Chales. A busca do Caráter. Editora Vida, 1991.
[3] NALIS, Irmã. M. Annete. Santidade de todos os dias: espiritualidade laical de Schoenstatt. 4ºEd. Sociedade Mãe e Rainha, Santa Maria, 2010.
[4] URIBURU, Esteban J. Herói Hoje, Não Amanhã: vida do pobre peregrino e Diácono João Luiz Pozzobon. Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, Santa Maria, 1991