Você já se experimentou alguma vez como predileto de Deus através de alguma enfermidade?

Ir. Adriane Maria Andrade Barbosa– Sim, à primeira vista parece uma contradição, estar num estado de sofrimento físico e ser predileto de Deus, mas esta é a visão que o Pe. José Kentenich nos aponta sobre o sentido, ou como ele se expressa, a missão pessoal que temos, ao passarmos por alguma enfermidade. Mas como se dá essa missão na prática, sendo que diante das pessoas saudáveis, nós temos alguma ou muitas desvantagens?

“A tua fé te salvou”

Quando Jesus estava em nosso meio curou a muitos, mas não a todos! Lembra-se de como foram realizados os milagres de Jesus? O que ele pediu do enfermo?

“Quando Jesus se aproximou de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmola. Ouvindo a multidão passar, perguntou o que estava acontecendo. Disseram-lhe: ‘Jesus Nazareno está passando’. O cego então gritou: ‘Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!’. As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: ‘Filho de Davi, tem compaixão de mim!’. Jesus parou e mandou que lhe trouxessem o cego. Quando ele chegou perto, Jesus perguntou: ‘Que queres que eu te faça?’. O cego respondeu: ‘Senhor, que eu veja’. Jesus disse: ‘Vê! A tua fé te salvou’. No mesmo instante, o cego começou a enxergar de novo e foi seguindo Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu glória a Deus”.(Lc 18,35-43)

 

“Vê a tua fé te salvou!” O que você conclui desta passagem? Sim, a importância da fé e da cura espiritual. Jesus nos escolheu para estar mais perto Dele, mesmo na enfermidade. Ele quer continuar em você e em mim, como caminho de salvação.

Encontro da vitória divina

Nos Santuários de Schoenstatt experimentamos a cura espiritual. O Pe. Kentenich sempre disse que o mundo estava enfermo interiormente. Mas lembre-se… Cristo não parou na cruz. Ele ressuscitou! Mostrando que toda a dor e sofrimento vão ao encontro da vitória divina!

Exemplo de João Pozzobon

Nestes 70 anos da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt, deixemo-nos impulsionar pelo exemplo de João Luiz Pozzobon, que manifestou o desejo de assemelhar-se a Cristo, com o propósito de oferecer seu sacrifício para que outros pudessem ser salvos, seja no corpo ou na alma. Assim ele se expressa:

“Entendi, o sentido da Via-Sacra, os sofrimentos de Cristo através das pessoas que muitas vezes sofrem.

[…] Sempre que andava por aí afora, caminhando pelos campos, tinha presente comigo o grande sacrifício que Cristo fez por amor a todos nós. Também queria incluir-me nisso, dando minha pequena contribuição, cooperando no seu sacrifício.” (Heroi hoje. Pág. 69-70)

Com Pozzobon, vamos oferecer a Jesus o nosso sacrifício, não somente as nossas dificuldades, mas também nossas alegrias. Na espiritualidade de Schoenstatt, oferecemos todas as situações ao Capital de Graças, para que a Mãe de Deus distribua milagres a partir do Santuário.

Mãe Peregrina ao encontro dos enfermos

A Campanha da Mãe Peregrina dos Enfermos leva Maria com seu Filho Jesus ao encontro daqueles que mais necessitam, seja nos hospitais ou nas casas, Ela visita seus filhos com a ajuda dos missionários, levando esperança e fé.

Por meio da evangelização e do acompanhamento aos irmãos enfermos, os coordenadores e missionários são chamados a ajudá-los a trilhar com Jesus a via-sacra de suas dores e sofrimentos. Para isso, é importante ter abertura de coração, compreensão e dedicação aos que sofrem: saber ouvir e acolher.

 

 

Ir. Adriane Maria Andrade Barbosa

Assessora das Arquidioceses de Belo Horizonte/MG, Montes Claros/MG, Sete Lagoas/MG

 e dos Ramos nas cidades de Itabira/MG, Mariana/MG e Bom Despacho/MG