20 de janeiro! Lutas! Perseguição! Schoenstatt é o inimigo “número um” do Nacional Socialismo.
Como Schoenstatt pode ser considerado tão perigoso para a polícia secreta no tempo de guerra?
O que traz de tão importante essa data que a Família de Schoenstatt a denomina de Segundo Marco histórico?
Pe. José Kentenich sempre anunciou o homem livre e formou muitas personalidades autênticas, que agiam a partir de uma decisão interior. Sua proposta de liberdade e autonomia foram alvo de perseguição por parte do Nazismo. Por isso ele foi preso pela Gestapo (Polícia Secreta na Alemanha no período da guerra) e encaminhado a um Campo de Concentração na cidade de Dachau, sul da Alemanha. Ele tinha a possibilidade de se esquivar do Campo por ter uma saúde debilitada, mas acreditou que Deus lhe pedia essa prova de amor. Quando esteve preso na cidade de Coblença, no dia 20 de janeiro se 1942, toma livremente a decisão de ir para o Campo. Ele mesmo nos conta:
“A noite inteira lutei comigo mesmo para reconhecer a vontade de Deus. Então tive clareza. Não vou aceitar a solicitação. Se posso escolher e decidir, então, para mim deve ser a morte, algemas, e para a Família (Movimento de Schoenstatt), a liberdade.
[…] Assim, no dia 20 de janeiro de manhã, durante a Missa, ofereci conscientemente minha liberdade.”[1]No 20 de janeiro simplesmente tudo é sacrificado e doado, realmente tudo: liberdade e honra, bens e propriedade, a própria vida e também o destino da Obra.
“Adsum! Dispõe de mim! Faze comigo o que te aprouver. Usa-me como queres, onde queres e quanto tempo o quiseres. Estou pronto para tudo!”[1]
Em Dachau, ele lutou pela verdadeira liberdade, sendo livre de si mesmo e de tudo o que é contrário aos planos e à vontade de Deus.
Qual é o meu pequeno Dachau? Como posso vencer em mim as algemas do comodismo, da indiferença e do relativismo no pequeno espaço de minha vida?
Pai e Fundador, queremos ir junto contigo em tua atitude do 20 de janeiro de 1942, escolhendo algo que nos custa por amor! Ensine-me a viver hoje seu passo heroico e a doar a Deus nossa liberdade!
Irmã Adriane Maria Andrade Barbosa
Assessora de Belo Horizonte, Montes ClarosFONTE DE PESQUISA: Manuscrito de Pe. José Manuel Lopes Herero – Por tuas cadeias, Pai de nossos povos – para o jubileu do 20/01 de 1992.
[1] KENTENICH, José. Livre em algemas, pág. 6