O que é ser apóstolo nos dias de hoje?
O Papa Francisco nos ensina sobre o significado sobre o que é ser apóstolo nos dias de hoje, seguindo a escola do Concílio do Vaticano II. “O Cristo Ressuscitado envia os apóstolos ao mundo, transmitindo-lhes a força que Ele mesmo recebeu do Pai e dando-lhes o seu Espírito”.
Qual é o aspecto fundamental do “ser apóstolo”? O Papa nos da a resposta: a vocação, ou seja, o chamado. “Jesus chamou os que ele quis e eles foram até Ele. Constitui-os como um grupo, dando-lhes o título de ‘apóstolos’, para estarem com Ele e enviá-los em missão.
A experiência dos Doze apóstolos e o testemunho de Paulo nos interpelam também hoje. Convidam-nos a verificar as nossas atitudes, a verificar as nossas escolhas, as nossas decisões, com base nestes pontos fixos: tudo depende de um chamado gratuito de Deus; Deus também nos escolhe para serviços que às vezes parecem sobrecarregar nossas capacidades ou não corresponder às nossas expectativas. O chamado recebido como um dom gratuito deve ser respondido gratuitamente.”
No Concílio aprendemos que a vocação também é por natureza um apostolado. Francisco esclarece: “É um chamado para todos. O tesouro que você recebeu como vocação cristã, você deve doá-lo. É a dinamicidade da vocação, e a dinamicidade da vida. É um chamado que nos permite desempenhar a nossa tarefa apostólica de maneira ativa e criativa, dentro da Igreja.
No âmbito da unidade da missão, a diversidade de carismas e ministérios não deve dar lugar, no seio do corpo eclesial, a categorias privilegiadas. Não há promoção aqui, e quando você concebe a vida cristã como uma promoção, que o de cima comanda os outros porque conseguiu subir, isso não é cristianismo. Isso é puro paganismo. A vocação cristã não é uma promoção para subir, não! Isso é outra coisa.
Existe algo maior, porque, embora «por vontade de Cristo, alguns sejam constituídos doutores, dispensadores dos mistérios e pastores a favor dos demais, reina, porém, a igualdade entre todos quanto à dignidade e quanto à atuação, comum a todos os fiéis, em benefício da edificação do corpo de Cristo». “Quem tem mais dignidade na Igreja: o bispo, o sacerdote? Não… Somos todos cristãos a serviço dos outros. Quem é mais importante na Igreja: a religiosa ou a pessoa comum, batizada, não batizada, a criança, o bispo…?
Queridos irmãos e irmãs, essas palavras podem nos ajudar a verificar o modo em que vivemos a nossa vocação batismal, como vivemos à nossa maneira de ser apóstolos numa Igreja apostólica que está a serviço dos outros”, finalizou o Papa Francisco.
Com informações de: vaticannews.va