9º dia
Contemplamos a nossa Igreja em saída, que foi ao encontro dos corações, para conservar a Luz da Esperança acesa. No último dia de preparação para o nosso encontro com o Deus Menino, como missionários da esperança, levamos a luz que irradia nos corações. O Papa Francisco diz: “Jesus não quer discípulos capazes unicamente de repetir fórmulas aprendidas de cor. Deseja testemunhas: pessoas que propaguem esperança com o seu modo de acolher, de sorrir, de amar. Principalmente de amar: porque a força da ressurreição torna os cristãos capazes de amar mesmo quando parece que o amor perdeu as suas razões”.[1]
“‘Quem age segundo a verdade, aproxima-se da luz’ (Jo 3,21). O mais belo impulso e força original do coração é ao amor. Por isso, a atitude correta diante de Deus não é o temos, mas o amor. O que devo fazer para despertar em mim a força do amor? Recordemos uma grande lei: Para que a força propulsora do amor seja despertada, é necessário que o impulso do amor seja vinculado. O amor desperta à medida que a pessoa sente e acredita que é amada”.[2]
Durante esta caminhada estimulamos e nos colocamos no caminho, como Igreja em saída, na realidade em que vivemos. Sabemos que, no fundo, estes corações endurecidos são de pessoas sedentas da Luz da Esperança, e que talvez não a tenham encontrado ou a dureza do mundo lhes tenha negado. Nas palavras do Pe. José Kentenich: “Podemos confiar na infinita proteção de Deus e conservar inabalável a fé, que Deus nos ama como a pupila de seus olhos. A Mãe de Deus pôde dizer: “Grandes coisas fez em mim o Todo-poderoso” (Lc 1,49). E São Paulo, um grande gênio, uma cabeça esclarecida, não se cansava de repetir: “Dilexit me!” (Gl 2,20). Ele me amou!”[3]
O Papa Francisco nos ensina que Maria é a Mãe da Esperança. “Com o seu ‘sim’ abriu a Deus a porta do nosso mundo: o seu coração de jovem estava cheio de esperança, totalmente animada pela fé; e assim Deus escolheu-a e ela acreditou na sua palavra. Aquela que por nove meses foi a arca da nova e eterna Aliança, na gruta contempla o Menino e nele vê o amor de Deus, que vem para salvar o seu povo e a humanidade inteira. Ao lado de Maria está José, descendente de Jessé e de David; também ele acreditou nas palavras do anjo e, olhando para Jesus na manjedoura, medita que aquele Menino vem do Espírito Santo, e que o próprio Deus lhe ordenou que o chamassem assim, ‘Jesus’. Naquele nome está a esperança para cada homem, porque mediante aquele filho de mulher, Deus salvará a humanidade da morte e do pecado. Por isso é importante olhar para o presépio!”[4]
Que ao final desta caminhada, iluminados com a luz da esperança, possamos encontrar o verdadeiro amor contemplando Jesus, assim como fez Maria e José ao olhar para o Deus Menino na manjedoura, pois com Ele nasce a esperança para todos nós.
Referência:
[1] Papa Francisco 4 de outubro de 2017
[2] Pe. José Kentenich 28 de novembro de 1937
[3]Idem 2
[4] Idem 1