(Foto: Manuel E. Astúrias / cathopic.com)
“A Virgem das Dores que chorou com o coração trespassado a morte de Jesus, agora se compadece do sofrimento dos pobres crucificados e das criaturas deste mundo exterminadas pelo poder humano”. (Papa Francisco 2021)
Maria Dulce Torres/ Thelma Soutello / Juliana Dorigo – Hoje a Igreja faz memória à Nossa Senhora das Dores, o dia seguinte à Exaltação da Santa Cruz, revela a realidade de que Maria partilha dos sofrimentos de seu filho Jesus. Ambas as comemorações estão associadas intimamente, pois remetem ao mesmo evento: a Paixão de Cristo.
A memória de Nossa Senhora das Dores nos chama para reviver o momento mais importante da história da Salvação e a venerar Maria, nossa Mãe, diante da paixão do seu Divino Filho, quando diante do Calvário, o próprio Jesus a entrega como Mãe de todos nós.
Quais são as sete dores de Nossa Senhora?
- A profecia de Simeão sobre Jesus (Lucas, 2, 34-35)
- A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus, 2, 13-21);
- O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas, 2, 41-51);
- O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas, 23, 27-31);
- O sofrimento e morte de Jesus na Cruz (João, 19, 25-27);
- Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus, 27, 55-61);
- O sepultamento do corpo do filho no Santo Sepulcro (Lucas, 23, 55-56).[1]
Quando imaginamos Maria diante do sofrimento de seu Filho na Cruz, imaginamos que deveríamos consolá-la naquele momento de dor. Mas é Ela quem cura as nossas feridas, diante das nossas dificuldades imploramos o socorro e o amparo da Mãe de Deus, que nos acolhe e oferece seu colo maternal, que roga por todos os pecadores e nos leva ao verdadeiro encontro com Cristo.
João Pozzobon e Nossa Senhora das Dores
O Servo de Deus João Pozzobon escreveu em seu testamento: “Tem verdadeiro sentido recordar quando, sendo meus filhos pequenos, nos domingos – dia do Senhor – em nossa Paróquia de Nossa Senhora das Dores, íamos ouvir a Palavra e participar do Santo Sacrifício. Lá é que começamos a vida e, agora, no final, no dia de minha morte, quero entrar pela última vez e permanecer um pouco, junto à Mãe das Dores. Ali entrado, será como uma fala à porta da Igreja…”[2]
Pozzobon dedicou a sua vida a caminhar com Maria, e confiou de forma filial que ela caminhava com ele até o último dia.
O maior presente de Cristo
Entreguemos todas as aflições à Mãe das Dores. Ela, como uma boa Mãe, está sempre presente e conhece às necessidades do coração de cada filho. Maria foi o maior presente de Cristo para cada um de nós. Assim, para que possamos nos acolher nos braços de Maria, temos que seguir os ensinamentos de Jesus que nos amou até a morte, e nos pede para que façamos o mesmo que Ele: amar uns aos outros.
“Ali vejo teu coração de mãe renunciar vigorosamente e, corajoso, imolar todos os direitos maternos; com teu Filho Unigénito, pela salvação do mundo entregas-te ao Pai, que reina em seu trono.” (Pe. José Kentenich, Rumo ao Céu 207).
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Ref:
[1] Acesso em: Nossa Senhora das Dores, o sofrimento de Maria (cancaonova.com)
[2] URIBURU. Esteban. Herói Hoje, Não Amanhã. São Paulo: Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, 1991. Pág.258.