“O renascimento da humanidade começou com uma mulher”

Ir. M. Nilza P. da Silva – A cabeça já se ocupa com a festa dias antes, porque o coração pede que o amor se expresse em presentes. Fazemos uma surpresa, despertamos com um canto, enviamos flores, agendamos uma visita, quando ela menos espera, ligamos bem cedinho para dar parabéns! É assim que vivemos o aniversário de nascimento de uma pessoa que amamos. A lembrança de seu dia de festa toca os acordes do coração e ressoa uma melodia de amor que ilumina nosso semblante e faz fluir mil ideias para causar alegrias a essa pessoa amada.

Hoje é aniversário de Maria. Desde o século VII, a Igreja celebra a sua natividade nesse dia, nove meses após a festa da sua Imaculada concepção. Esse bebê recém-nascido, que chora nos braços de sua mãe Ana, mostra que a grande promessa de Deus para a salvação da humanidade está prestes a se cumprir, pois ela é a “aurora de nossa salvação”, como escreveu o Papa Paulo VI 

[1].

São João Paulo II diz que, ao olharmos para a pequena Maria, “contemplamos uma menina como todas as outras, e ao mesmo tempo única, a ‘bendita entre as mulheres’ (Lc 1, 42).” [2] Maria Kleinemeyer, que por muitos anos foi secretária do Pai e Fundador, nos EUA, diz que “quando Pe. Kentenich falava sobre a dignidade, a beleza e o poder de Maria, a comparava com um grande mar, do qual se pode ver bem o começo, mas, o fim fica sempre fora do alcance de nossa visão. Assim é Maria, cuja beleza, dignidade e poder são quase ilimitados.” [3]

Nela o céu e a terra se encontram

Ela traz a “plenitude dos tempos”, pois, “no ventre de Maria, Deus e a humanidade se uniram e nunca mais se deixaram.” (Papa Francisco) [4]

Em 18 de outubro de 1914, por assim dizer, se repete esse nascimento e essa unidade, pois, mais uma vez, Maria desce do céu e estabelece morada entre nós, para selar uma Aliança de Amor conosco e unir-nos mais estreitamente a seu Filho Jesus. Maria nasce de novo, também, cada vez que me entrego sem reservas a ela. Nela a humanidade é reconstruída, pois ela gera Cristo, que restabelece em nossa dignidade e semelhança com Deus.

Vamos causar alegrias à nossa querida Mãe e as ideias para isso fluem do amor que cada um de nós tem por ela, quanto mais amor e proximidade, tanto mais criativos somos. Pe. Kentenich, quando estava aqui no Brasil, convidou-nos: “Em vez de simplesmente, contemplá-la, proponho-me aprender a amá-la ternamente. Quero amá-la, acolhê-la no meu coração, fazer tudo por ela. Quero amar a Mãe de Deus como talvez nunca ninguém a tenha amado.” [5]

Referências

[1] Papa Paulo VI, Marialis Cultus

[2] http://www.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/audiences/2004/documents/hf_jp-ii_aud_20040908.html

[3] Testemunhos sobre o Pe. Kentenich, ed. espanhol

[4] https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-01/papa-francisco-homilia-missa-solenidade-santa-maria-mae-deus1.html

[5] Pe. José Kentenich, 6 de agosto de 1949