Ao lado de guerras e crises existem acontecimentos, pessoas que trazem esperança e encorajamento. As crises e violências ofuscam os sinais de esperança.

Os missionários da Mãe Peregrina de Schoenstatt são sinais de esperança que podem dar testemunho de que é possível, mesmo nas maiores dificuldades, caminhar alegres e confiantes na vida.

Queridos coordenadores, missionários e famílias que recebem a visita da Mãe Peregrina de Schoenstatt.  O trabalho apostólico que realizam, levando a Mãe de Deus às famílias e a tantos lugares, é para o tempo de hoje uma luz de esperança na escuridão em que vivem muitas pessoas.

Ela é a Mãe da Esperança e não se cansa de nos encorajar, de nos estimular a ir avante com esta bela e sagrada missão. Há 75 anos ela caminha em nosso Brasil e a partir daqui, avançou sua peregrinação a outros países. Ela é a Grande Missionária que realiza milagres!

Na força da Aliança de Amor

A entrega de nosso coração e de nossa vida à Mãe de Deus, na Aliança de Amor, nos confere forças, coragem, otimismo, porque acreditamos que ela também se doa a nós. Ela caminha conosco e acende a luz da esperança em nosso coração, não deixa que esta chama se apague. Podemos constatar esta realidade na vida do diácono João Luiz Pozzobon:

“Eu tinha os símbolos, porque nunca pude ler nem a Bíblia, nem outro livro qualquer. Eu só podia escrever, porque já há muitos anos quase não enxergo. Não pude ler nem a Bíblia, nem a vida do Padre Kentenich, nem a história de Schoenstatt. Só posso ouvir. Então aprendi uma coisa bonita que, este ano, é meu lema: ‘Quem escuta, nunca envelhece, está sempre pronto para servir’. Eu sempre procurei escutar. Eu dizia à Mãe e Rainha que tudo o que ela me indicasse eu o faria, mesmo que me custasse um grande sacrifício, e iria aonde Ela me indicasse: quer a um apostolado concreto, quer a visitar um enfermo. Creio poder confessar que não sentia escrúpulos se, de noite, chamassem à porta da minha casa ou durante a ‘Campanha’. Sempre procurei realizar estas coisas, com a ajuda da Graça, naturalmente, porque só com minhas forças humanas eu não teria podido realizar isto.”[1]

“A esperança nos faz girar em torno de Deus.”[2] Por isso, desperta o amor ao próximo. Portanto, este seu relato nos dá a certeza de que a chama da esperança brilhava e ardia no coração de João Pozzobon.

Testemunha de esperança

Quem é sinal de esperança olha para o futuro com otimismo e alegria, não se deixa confinar pelo pessimismo, “contagia” de esperança todos aqueles com quem entra em contato, isto é, testemunha a esperança, tem uma influência nas pessoas com quem está em contato. João Pozzobon apesar das dificuldades – não enxergava bem, às vezes cansado, mas na força de sua entrega total à Mãe de Deus, na Aliança de Amor, não se deixava abater.

Uma outra situação nos revela um belo testemunho de esperança:

“Certa vez, andando na estrada com a Santa “Peregrina” no calejado ombro, exausto, sentei num barranco. Passou uma senhora, que perguntou: ‘Está cansado, João?’. João respondeu: ‘Não posso mais, não tenho mais força’. Ela disse: ‘Vou levando alguma coisa para um pobre, mas vou dar para o senhor alimentar-se’. João: ‘Obrigado, senhora, leve para o pobre; eu vou tentar reagir e, a curtos passos, tentar chegar a uma família’. Chegando coloquei a “Peregrina” sobre a mesa e disse: ‘Não posso mais!’ E logo entenderam e providenciaram alimento para restabelecer as forças. ‘Obrigado, Mãe!’”[3]

“A esperança não decepciona (Rm 5,5).” “A vida é muitas vezes um deserto, é difícil caminhar na vida, mas se nos confiarmos a Deus ela pode tornar-se bonita e ampla como uma rodovia.”[4]

Neste dia 18, renovemos nossa Aliança de Amor com a Mãe e Rainha de Schoenstatt, depositando no Capital de Graças nossas contribuições. Que ela acenda a luz da esperança em muitos corações, a fim de que sejam testemunhas desta luz.

 

“Com vosso Divino Filho, abençoai-nos ó Virgem Maria!”

Feliz Dia da Aliança de Amor!

 

Ref:.

[1]  Uriburu, Esteban J. 140 000 km a caminho com a Virgem, p. 31.

[2] Kentenich, José. Homilia, Milwaukee, 5.5.1963.

[3] Uriburu, Esteban J. 140 000 km a caminho com a Virgem, p. 89.

[4] Francisco,  Audiência geral “Só a esperança cristã não desilude. Só ela dá o sorriso“, 7.12.2016.