Mensagem da Aliança de Amor do mês de setembro

“A vida humana é um caminho. Rumo a qual meta? Como achamos o itinerário a seguir? A vida é como uma viagem no mar da história, com frequência enevoada e tempestuosa, uma viagem na qual perscrutamos os astros que nos indicam a rota. As verdadeiras estrelas da nossa vida são as pessoas que souberam viver com retidão. Elas são luzes de esperança… precisamos também de luzes vizinhas, de pessoas que dão luz recebida da luz d’Ele e oferecem, assim, orientação para a nossa travessia.”[1]

Queridos coordenadores, missionários e famílias que recebem a Mãe Peregrina em seus lares!   No dia 15 de setembro, como Família de Schoenstatt celebramos 56 anos da volta do Pe. Kentenich ao lar eterno. “De volta ao Pai vai o caminho”.  A Celebração do dia da Aliança deste mês de setembro nos impulsiona a refletir sobre a vida de nosso Fundador, que nos ensina a ser luz de esperança.

Em Aliança com Maria

Na Aliança de Amor, o Pe. José Kentenich desde a sua infância viveu estreitamente unido à Mãe de Deus. Certa vez lhe perguntaram o que se passou com ele no dia 18 de outubro de 1914. Ele respondeu que no momento em que selou a Aliança de Amor, experimentou profundamente em seu interior como sua personalidade, por assim dizer, foi assumida pela Mãe de Deus. Ela tomou posse de sua vida, de seu coração. A partir dessa hora ela atuava nele, por isso com grande segurança e tranquilidade, tudo fez para a Obra de Schoenstatt. Sustentava-o a convicção: a Mãe de Deus atua por mim.  Por ocasião do Jubileu de prata de sua ordenação sacerdotal, em Schoenstatt, 11 de agosto de 1935, ele testemunha: “A partir do momento em que ela se estabeleceu neste Santuário, ela colocou seu poder e seu coração maternal ao meu dispor para a Obra que me foi dado criar.”[2]

Um exemplo bem simples nos revela como ele vivia unido à Mãe de Deus:

Numa cidade da Alemanha, já existia um Santuário de Schoenstatt, mas não um salão de conferências que pudesse acolher grande número de pessoas. Chegou o “Dia da Aliança” … Contava-se com a presença de muitos peregrinos, pois o Padre Kentenich encontrava-se ali. … De manhã cedo começou a cair uma garoa que se transformou numa chuva cada vez mais intensa. As irmãs rezavam o mais e o melhor que podiam pedindo que a chuva parasse. Os peregrinos começavam a chegar … De repente, a chuva parou, as nuvens desapareceram e o sol começou a brilhar. Padre Kentenich paramentou-se na sacristia para fazer a sua alocução. A irmã que o ajudava e que rezara muito, perguntou se ele também fizera uma súplica urgente pedindo que a chuva cessasse. Sorrindo, ele respondeu: “Não. Eu disse simplesmente à Mãe de Deus: olha a situação, não podes permitir que continue assim!”[3]

Assim, unido profundamente a Deus e a Maria, podia iluminar o caminho de muitas pessoas ajudando-as nas suas aflições, dificuldades, a recuperar a confiança em si mesmas e em Deus. Pe. José Kentenich foi e continua sendo para muitas pessoas uma luz de esperança.

Em Maria, luz de esperança

A Mãe de Deus é Mãe e Rainha da Esperança. Na profunda e íntima união de vida com ela, o Pe. Kentenich, tornou-se também uma luz de esperança clareando para muitos o seu caminho de vida.

Ele dizia que “a virtude da esperança nos dá um coração sobrenatural, que possui uma atitude sobrenatural”[4]. Isto significa colocar toda a sua confiança no bom Deus. Crer filialmente que “Deus é Pai, Deus é bom e bom é tudo o que Ele faz”.

Pe. Kentenich, no Campo de Concentração de Dachau, em meio a “escuridão” do medo, da insegurança, da angústia de saber se no próximo minuto se estaria vivo ou pela tortura da fome, fez brilhar a luz da esperança em muitos corações que conviviam ali com ele, dando-lhes confiança, sendo uma manifestação do amor paternal de Deus a todos que dele se aproximavam.

“Com Maria, cheios de alegre esperança e certos da vitória, rumo aos tempos novíssimos.”[5] Esta foi uma das suas últimas mensagens à Família de Schoenstatt.  É uma prova eloquente de sua confiança vitoriosa em Deus Pai, fruto de sua vida de Aliança de Amor com a Mãe de Deus.

Neste dia 18, renovemos nosso amor filial à Rainha da Aliança. Depositemos no Capital de Graças, nossas contribuições e supliquemos que também nós, possamos ser luz de esperança para todos os que convivem conosco.

“Com vosso Divino Filho, abençoai-nos, ó Virgem Maria!”

Feliz dia da Aliança de Amor!

 

Ref:.

[1] Bento XVI, Encíclica Spe Salvi, 49.

[2] Wolf, Pedro. Chamado por Deus, consagrado a Deus, enviado por Deus. Textos escolhidos do Padre José Kentenich sobre o sacerdócio,120.

[3] Anette Nailis, Padre José Kentenich, como nós o conhecemos, p.37.

[4] Kentenich, José. Homilia 5.5.1963.

[5] Kentenich, 7.9.1968.