Estamos vivendo o 3º Ano Vocacional no Brasil cujo tema é: Vocação: Graça e Missão e o lema: “Corações ardentes, pés a caminho” (Cf. Lc 24, 32-33). O verbo arder significa: “estar em chamas, abrasado; incendiar-se”.
Quando alguém está convicto de sua vocação, irradia alegria, força, dá testemunho, o coração arde em amor.
A vocação aos Ministérios Leigos, ao Matrimônio, à Vida Consagrada e aos Ministérios Ordenados é um chamado sagrado para viver e irradiar o amor. O amor é a fonte, a norma e o sentido da existência do homem, pois ele veio do Amor e deve retornar ao Amor.
Queridos coordenadores, missionários e famílias que recebem a visita mensal da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, neste dia em que celebramos a Aliança de Amor, no mês vocacional, somos convidados a refletir sobre a nossa vocação. Seja ela qual for, é importante acreditarmos que “minha vocação principal é o amor”, como afirma o Pe. José Kentenich.
Quão pobre de amor é o nosso mundo! Este é um grande desafio que o homem enfrenta em sua vida: experimentamos individualismo, egoísmo, falta de serviçalidade. E nós somos envolvidos nesta atmosfera, por isso precisamos estar atentos e não nos deixarmos invadir por este espírito mundano.
“Como é grande o desafio de ser um bom pai ou uma boa mãe, um sacerdote ou uma consagrada que encontra sua alegria no servir ao povo, um leigo atuante em sua comunidade e que dá testemunho no meio do mundo! Porém, maior que qualquer desafio é a graça de Deus em nós, que nos ampara e ajuda a viver o nosso sim nas pequenas coisas do dia a dia.”[1] É a graça de Deus que nos abre para o amor.
Se você é missionário da Imagem da Mãe Peregrina de Schoenstatt, ou recebe a Imagem em seu lar, tem uma missão especial: conduzir as famílias à Mãe de Deus, a uma entrega pessoal a ela, tornar conhecida a Aliança de Amor e o Santuário de Schoenstatt, fonte de um genuíno e grande Amor.
A Aliança de Amor de Schoenstatt – uma Escola de Amor
A entrega à Mãe de Deus, na Aliança de Amor, nos insere em seu coração maternal pleno de amor, pois é uma troca de corações! Maria é a mulher silenciosa, mas que soube amar. E nosso Fundador, o Pe. Kentenich nos diz que “quanto mais eu a amar, tanto mais seguramente serei conduzido ao coração do Salvador, ao coração do Pai Celeste”[2], fonte do verdadeiro Amor.
Quantos filhos de Schoenstatt testemunham esta realidade. Frequentaram a Escola do Santuário, viveram plenamente em Aliança de Amor com a Mãe de Deus e se tornaram grandes no Amor, mestres do Amor.
Maria Regina Tokano[3], ou Regininha como é conhecida, viveu exemplarmente a sua Aliança com a Mãe de Deus. Seu Ideal Pessoal era: Amar pelo servir em prontidão filial. Ir. M. Emilie Engel dizia: “Eu vim a Schoenstatt para amar”. Quando rezava: “Ó Deus, tu me amas mais, imensamente mais do que as pessoas mais nobres e bondosas possam amar-me…”, queria dizer quão profundamente estava convicta do amor pessoal e paternal de Deus para com ela[4].
São inúmeras as pessoas que bebem da fonte do Santuário e nesta Escola de Amor transformaram sua vida.
Somos chamados a amar
Nós também somos chamados a fazer parte da Família de Schoenstatt, selar a Aliança de Amor com a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt e tornar a nossa vida um hino de amor a Deus e ao próximo, vivendo plenamente a vocação a que fomos chamados.
O Pe. Kentenich, em reunião com famílias, explica o que a Mãe de Deus promete na Aliança de Amor:
‘… Estabelecer-me-ei aqui de bom grado…’ eu, a Mãe de Deus, aqui em casa, e distribuirei, a partir daqui, ‘graças e dons em abundância’ para a família. Portanto, a partir deste lugar. O que posso então esperar? Que a Mãe de Deus estabeleça agora a sua morada e habite entre nós.” Se ela está entre nós, reinará o amor, a harmonia, a alegria…Minha família, um Reino de Amor!
Como toda Aliança, existem também as exigências de amor. O Pe. Kentenich continua: “O que é exigido de mim, em primeiro lugar? ‘Provai-me primeiro que levais a sério …’ a Aliança de Amor! Preciso levar a sério a Aliança de Amor que selamos entre nós. Ela deve efetuar-se não apenas no sentido afetivo, mas também no sentido efetivo.
O que exige a Mãe de Deus, como expressão de que levamos a Aliança de Amor a sério? Precisamos aspirar juntos a uma séria autoeducação (…)”[5]. Ou seja, é o nosso esforço para realmente AMAR!
Este é um mundo totalmente diferente do que talvez experimentamos! Quando vou “mergulhando” no Amor, quero também corresponder com amor. No Santuário a Mãe de Deus nos abriga, isto é, nos deixa experimentar o Amor e nos transforma: o coração se abrasa, e os pés se colocam a caminho. Isto é, vou ao encontro do outro para levar o Amor. Podemos afirmar que na Aliança de Amor, realiza-se a transformação da minha vida, porque
“A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante…Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (I Cor 13 4;7)
Neste dia 18, renova a sua Aliança de Amor ou se você ainda não selou a Aliança, faça uma entrega filial da sua vida, da sua vocação à Mãe de Deus e entre nesta Escola de Amor. Assim, poderá experimentar milagres de transformação e afirmar: Minha vocação principal é o Amor!
Feliz dia da Aliança de Amor!
Referência:
[1] https://anovocacional.cnbb.org.br/wp-content/uploads/2022/11/Ano-Vocacional_Subsidio-para-Familias.pdf
[2] Kentenich, José. A mais bela das Mães, 17 de junho de 1962.
[3] https://schoenstatt.org.br/home/espiritualidade/maria-regina-tokano/
[4] https://schoenstatt.org.br/2021/04/14/novena-irma-emilie-engel-dia-5/
[5] Kentenich, José. Tua aliança, nossa missão, p. 118-119.