Na manhã deste sábado, 22 de fevereiro de 2020, foi publicado o decreto pelo qual o Papa Francisco reconhece as virtudes heroicas do Servo de Deus Mario Hiriart Pulido, do Instituto Secular dos Irmãos de Maria de Schoenstatt.

Conforme detalhado no Boletim da Sala de Imprensa do Vaticano, o Papa Francisco recebeu em audiência, nesta sexta-feira (21), o Cardeal Angelo Becciu, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. Durante a audiência, o pontífice autorizou a referida Congregação a publicar vários decretos, incluindo o que reconhece as virtudes heroicas de Mario Hiriart.

A partir de agora, Mario é chamado, pela Igreja, de “Venerável”.

⇒ Leia o decreto do Vaticano (em italiano)

 

Quem foi Mario Hiriart? 

Nasceu em Santiago, no Chile, em 23 de julho de 1931 e morreu em Milwaukee (Estados Unidos) em 15 de julho de 1964. Mario Hiriart foi o primeiro Irmão de Maria de Schoenstatt da América Latina. Ele é considerado o “31 de Maio vivido”, pois soube incorporar a missão de Schoenstatt a serviço da Igreja e corporificou o que o Pe. José Kentenich denomina de “homem novo”. Assim sendo, a Família de Schoenstatt se empenha, já há alguns anos, por sua beatificação.

 

O quer dizer “Venerável”?

A teóloga Amelia Peirone, responsável pela Causa de Beatificação de Mario, explica:

Mario está sepultado junto ao Santuário Cenáculo de Bellavista, em Santiago

No uso comum: essa palavra “venerável” não é muito usada no cotidiano e, quando o fazemos, somente recorremos a ela como adjetivo, algo relacionado à idade, ou antiguidade, algo como “tradição venerável”, ou “ancião venerável”, que é respeitado por sua longevidade. De fato, “venerável” é equivalente a respeitável e digno de estima e honra. Mantém uma ideia central em consonância com o honroso e digno, com respeito e culto, com reverência e veneração.

Mas a Igreja, onde o Espírito renova todas as coisas, também renova esses conceitos quando utiliza o título de “Venerável” para os Servos de Deus. Aqui, “Venerável” não significa antiquado ou “fora de moda”, ou ultrapassado, mas algo valoroso e dinâmico, fala do “heróico e virtuoso”.

Para a Igreja, é um substantivo, um nome que se aplica a uma pessoa. Quando um servo de Deus – cuja causa de canonização é estudado na Congregação dos Santos – recebe o título de “Venerável”, significa que a “virtude heroica” que ele viveu é reconhecida pelo Santo Padre, com base na melhor e mais completa informações sobre a vida e a fama dessa pessoa. Afirma que essa pessoa “Venerável” teve uma vida de virtude além e acima da vocação cristã normal, e é um modelo para os outros agora; sua vida é digna de ser estudada e imitada por todos, especialmente pelos jovens.

Longe de ser antiquado, “Venerável” refere-se a alguém plenamente atual, uma voz clara para a Igreja de hoje e de amanhã, porque seu estilo de vida revela seu “radicalismo evangélico”. É o primeiro título concedido pela Igreja Católica àqueles que morrem com fama de santidade, e depois seguem os títulos de “Beato” e, finalmente, “Santo”. (texto originalmente publicado em schoenstatt.cl)