Juliana Dorigo- Hoje fazemos memória de Maria, Mãe da Igreja. “Deus benigníssimo e sapientíssimo, querendo realizar a redenção do mundo, ‘quando veio à plenitude do tempo, enviou o Seu Filho, feito da mulher, para que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4,4-5).

Nas palavras do Papa Francisco, “Quando dizemos que Maria é Mãe da Igreja estamos confirmando o seu papel singular na Encarnação, gerando em seu seio o Filho de Deus feito carne e dando-o para a Salvação do mundo. Cristo é a cabeça da Igreja, (Ef 1,22) nós seus membros, (1Cor 12,27). Se Maria é Mãe de Jesus cabeça do Igreja que é um corpo, não poderá deixar de ser também mãe dos seus membros.”[1]

Santo Agostinho argumenta que Maria é mãe de todos os homens. “Porque cooperou com o seu amor para que na Igreja nascessem os fiéis, membros daquela cabeça» (173). É, por esta razão, saudada como membro eminente e inteiramente singular da Igreja, seu tipo e exemplar perfeitíssimo na fé e na caridade; e a Igreja católica, ensinada pelo Espírito Santo, consagra-lhe, como a mãe amantíssima, filial afeto de piedade.”[2]

Francisco, no decreto “Ecclesia Mater”, publicado em 2018, ressalta que a “feliz veneração em honra à Mãe de Deus da Igreja contemporânea, à luz das reflexões sobre o mistério de Cristo e sobre a sua própria natureza, não poderia esquecer aquela figura de Mulher (cf. Gal. 4,4), a Virgem Maria, que é Mãe de Cristo e com Ele Mãe da Igreja.

Missão maternal

O Pe. José Kentenich, acreditava na missão maternal e educativa de Maria, ele se deixou ser instrumento para servir e amar à Igreja. “Maria a ele se ligou e dele se serviu para, através dele como fundador, pai es­piritual e educador, formar um homem novo plasmado em Cristo. Como Mãe de Cristo, Mãe da Igreja e Mãe dos Cristãos, ela tem sem­pre a tarefa de gerar este homem novo.”[3]

João Pozzobon, assumiu uma grande missão com a Mãe Peregrina de Schoenstatt. “Em cada lugar, eu deixava algo para as obras piedosas, para as obras da Igreja.”[4]Assim, ele dedicou seu esforço com a Campanha para a Igreja. “Que esta grandiosa Cam­panha do Santo Terço signifique um grande florescimen­to espiritual na grande Obra de Schoenstatt, que se es­tenda por todo o mundo, para o maior bem da Santa Igreja.”[5]

Mãe do redentor e dos redimidos

A Igreja está dentro de Maria, assim como Maria está dentro da Igreja. São João Paulo II nos ensina que “existe uma correspondência singular entre o momento da Encarnação do Verbo e o momento do nascimento da Igreja. E a pessoa que une esses dois momentos é Maria: Maria em Nazaré e Maria no Cenáculo de Jerusalém”. (Redemptoris Mater, n. 24).[6]

 

 

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Referências:

[1] Acesso em: Decreto sobre a Memória de Maria, Mãe da Igreja – Vatican News

[2] Acesso em: Lumen gentium (vatican.va)

[3] MONNERJAHN, Engelbert. Padre José Kentenich: uma vida pela Igreja. Editora Pallotti, Santa Maria/RS, 1977, pag.17.

[4] URIBURU. Esteban J. Herói hoje, não amanhã. Vida do pobre peregrino e diácono João Luiz Pozzobon. Instituto dos Padres de Schoenstatt. Santa Maria/RS, 1991, pag. 29.

[5] Idem 4

[6] Acesso em: Redemptoris Mater (25 de março de 1987) | João Paulo II (vatican.va)