Solenidade da Anunciação do Senhor

Ir. M. Dioneia Lawand – Hoje queremos trazer algumas palavras desta cena bíblica ditas pelo nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, em 10 de janeiro de 1965, durante o sermão para a Comunidade Alemã de Milwaukee/EUA. Ele nos diz:

“Ave, cheia de graça!”  De onde vem esta saudação? Do próprio Deus! Quem envia a saudação a Maria? O Deus eterno, a Santíssima Trindade, através de um mensageiro. E os teólogos fazem questão de destacar que o Anjo não vem com uma ordem, mas com uma proposta. Portanto, o Deus eterno se dirige à livre vontade da querida Mãe de Deus. “Queres? Nós gostaríamos…. Estás disposta?”.

Como o bom Deus é respeitoso e delicado para se dirigir a nós. Temos captado, com atenção e fé, os seus acenos? Temos lhe respondido? No dia 18 de outubro de 1914, em Schoenstatt, de maneira particular, renovou-se a hora da Anunciação. A hora da Anunciação em Schoenstatt é uma nova “hora de Anunciação para a querida Mãe de Deus e para nós!” Para a querida Mãe de Deus é uma incumbência divina: trazer Cristo ao mundo, no Santuário e a partir do Santuário!

Farol luminoso

O Santuário é Nazaré para o nosso tempo. Nele, a Sabedoria eterna une o Sim de Maria, nossa Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt, com o sim do Padre Kentenich. A partir desta Aliança de Amor, Schoenstatt começa a palpitar no coração da Igreja, como “farol luminoso” para a Igreja e o mundo.

Com as graças da Solenidade da Anunciação do Senhor, somos impulsionadas, assim como João Pozzobon a descobrir as mensagens de Deus na nossa vida. Deus fala o tempo todo, devemos estar atentos e dar nossa resposta. Como Deus nos fala? Qual a nossa resposta? Estou atento para ouvir as mensagens de Deus pelos anjos que nos envia?

Cada dia que recebemos a Imagem Peregrina de Schoenstatt em nosso lar, sentimos que também o Anjo do Senhor está de novo diante de nós, com as mesmas palavras que conhecemos da Sagrada Escritura: “Ave, cheia de graça!” É o anúncio do incompreensível chamado de Maria a dar ao mundo o Salvador: Alegra-te, Maria! E Pe. Kentenich termina: “Caros ouvintes, o que seria de nós sem esta cena da Anunciação? O que seria do mundo, o que seria de nós se Nossa Senhora, em nome do gênero humano, não tivesse pronunciado o SIM?”.

“O que teria acontecido se não tivéssemos dado um sim à proposta […] de Deus ou da Mãe de Deus? que riqueza infinda depende deste sim!”[1]

Continuemos ouvindo o Pe. Kentenich: “O anjo do Senhor anunciou a Maria. […] O que foi que Ela fez? O mesmo que deveríamos fazer ao perguntar como, quando e onde Deus nos manifesta, de algum modo, um desejo. São três pontos: primeiro ela refletiu no que o Anjo lhe dizia. Naturalmente, era algo incompreensível. Ela nunca tinha pensado em ser mãe do Verbo Eterno, do Redentor. Refletiu. E como não conseguiu atinar, perguntou: ‘E como se fará isso?’  Quando recebeu a resposta sobre o como, veio uma resposta singular. Qual foi essa resposta?  ‘Para Deus nada é impossível’, – simplesmente uma indicação da onipotência de Deus – o espírito se aquietou e Ela pronunciou seu SIM decidido, de coração.”

Assim como Maria deu o seu “sim” para missão que Deus à confiou, nós também somos chamados a dar o nosso “sim”. Cada missionário da Mãe Peregrina é uma semente que é plantada, para no futuro, colher os frutos e assim, juntos construirmos a nova terra mariana.

[1] 6.3.1966.