Despertar o agir pastoral
Juliana Dorigo– O Servo de Deus, o Diácono João Pozzobon em seu agir pastoral, cuidava das almas, mas também se preocupava com o bem estar social de todas as comunidades por onde ele passava. “Mesmo sem a preocupação de fazer uma reflexão teológica profunda sobre seu trabalho apostólico, João Luiz Pozzobon foi destes cristãos que entendeu sua missão evangelizadora e buscou realizar, ao longo da sua vida, uma autêntica pastoral, entendida como cuidado sobrenatural do homem inteiro, da comunidade e do mundo”.[1]
O Pe. José Kentenich, Fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt, ressaltava que Pozzobon realizava uma pastoral de que todos necessitam. “Nossos teólogos jovens procuram uma nova pastoral. Aqui a têm. O que o Sr. João faz é a pastoral de que necessitamos. Ele procura oportunidades para que a Mãe possa se manifestar”.[2]
Nova evangelização
São João Paulo II acreditava que “o empenhamento dos leigos no serviço da evangelização está a mudar a vida eclesial”.[3] Por diversas vezes, ele convocou a Igreja para uma “nova evangelização” no desejo de que ela seja realizada com “‘novo ardor, novas formas e novos métodos’ para apresentar a proposta salvífica de Cristo, sempre antiga e sempre renovada. Talvez tenha sido justamente isto que o Pe. José Kentenich percebeu na pastoral realizada por João Pozzobon”.[4]
Para o Papa Bento XVI, a missão é um dom de partilha. “A missão universal envolve todos, tudo e sempre. O Evangelho não é um bem exclusivo de quem o recebeu, mas é um dom a partilhar, uma boa notícia a comunicar. E este dom-empenho está confiado não só a algumas pessoas, mas a todos os batizados […], para que proclame as suas obras maravilhosas”.[5]
Igreja ao encontro do povo
Atualmente, o Papa Francisco em suas falas, destaca a importância da Igreja que vai ao encontro do povo. “(…) prefiro uma Igreja acidentada, ferida, enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa em um emaranhado de obsessões e procedimentos ”.[6]
Como batizados, é nosso dever levar aos outros a Boa Nova. “A Igreja se preocupa em despertar em cada um de nós em nossa família a consciência da missionariedade. Nascemos para ser, em Cristo, o Missionário do Pai, testemunhas fiéis do seu amor, de suas palavras e ações”. [7]
Neste novo ano, queremos continuar com a missão e o apostolado de João Pozzobon. “A Mãe e Rainha de Schoenstatt, no Santuário, quer nos conceder de maneira abundante suas graças de transformação, de educação e de santidade. Ela é a nossa Educadora que nos ajuda a sermos missionários para este novo tempo”. [8]
Foto: (arquivo Secretariado)
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[1] João Luiz Pozzobon um ícone de Maria página 138
[2] URIBURU, E. J; Herói hoje, não amanhã. 3a Edição. Santa Maria: Pallotti, 2003, p. 47
[3] PAULO II João. Carta Encíclica Redemptoris Missio: A validade permanente do mandato missionário
[4] Idem 2
[5] BENTO XVI Papa. Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2011.
[6] FRANCISCO Papa. Exortação Apostólica Evangelii Gaudium . São Paulo: Paulus/Loyola, 2014.
[7] SCHOENSTATT Campanha da Mãe Peregrina. Minha Família: Terra maravilhosa. Roteiro de Encontros 2020
[8] Idem 7