Menos de 30 dias nos separam da celebração dos 70 anos da Campanha da Mãe Peregrina
Ir. Juliana Maria Nogueira/ Ir. Marcia Maria Gusmão- Um tempo especial de graças no qual podemos agradecer a visita da Mãe e Rainha de Schoenstatt aos lares de milhões de famílias. Uma visita que traz alegria, esperança e fortalece a fé para enfrentar os tempos mais difíceis. A presença maternal de Maria nos lares é sinal de sua proximidade e cuidado, de sua solicitude e interesse por nós, seus filhos.
O Jubileu é a oportunidade para recordar e comemorar um fato importante. É também uma ocasião para avaliar e tomar consciência daquilo que poderia ser melhor ou diferente. Pode servir como um momento para reconhecer, pedir perdão e expiar por aquilo que não foi tão bom.
Avaliar, agradecer e pedir perdão
Lendo a biografia de João Pozzobon percebemos que ele tinha o costume de tempos em tempos fazer uma análise de sua caminhada, anotar o que tinha vivenciado neste período, agradecer e pedir perdão. Essa experiência mantinha viva a consciência de ser um pequeno instrumento, entregue e consagrado totalmente à Mãe e Rainha e ao seu Santuário. Certa vez escreveu ao fundador de Schoenstatt, o Pe. José Kentenich:
“Todos os dias renovo minha consagração, renovo o espírito para uma nova vida pois necessito andar e conservar aquilo que surgiu do Santuário. Senhor Padre, faço diversos atos de humildade reconhecendo meu nada e assim vejo mais claramente o atuar do bom Deus, convencido assim que Deus, por meio da Mãe e Rainha, quer isto de mim.”
É certo que a Campanha da Mãe Peregrina cresceu e floresceu graças à “entrega total” de João Pozzobon, seu iniciador e primeiro missionário. Por amor à Campanha ele levou uma vida de austeros sacrifícios e renúncias. Tinha o Cristo crucificado como modelo e d’Ele recebia a força necessária para seguir em frente na sua caminhada, em meio às duras lutas que a missão exigia:
“(…) Sempre quando andava, caminhando pelos campos, eu tinha esse pensamento do grande sacrifício de Cristo que carregava a cruz e fez aquilo por amor de todos… Então, da minha pequena parte, também queria me incluir, cooperar um pouco no sacrifício… E fiz minha penitência, muitas vezes até a falta de refeições, caminhar o dia inteiro (…). E fazia tudo pelo florescimento dessa grande Campanha”.
Agora é a nossa vez!
Ao longo dos 70 anos a Mãe e Rainha nos escolheu e chamou para ajudar a escrever essa história. Preparando-nos para celebrar o jubileu dedicamos alguns momentos para recordar e agradecer. Agora chegou o momento para pedir perdão:
- Pelas vezes que não fomos fiéis à nossa missão;
- Por todas as vezes que nos omitimos em nosso apostolado e perdemos a ocasião de praticar o bem;
- Pelas vezes que permitimos que os desafios e as dificuldades roubassem nossa alegria na missão;
- Pelas vezes em que nossa fé na missão foi abalada, ao nos confrontarmos com nossos limites e os limites do próximo;
- Pelas vezes em que não fomos humildes e abertos para acolher a opinião do outro;
- Pelas vezes em que não tivemos um olhar atento para as necessidades de nossos irmãos;
- Pelas vezes em que não demos um testemunho de unidade em nosso trabalho missionário, na vida comunitária e familiar;
- Pelas vezes em que nossas atitudes não promoveram a paz e a serenidade;
- Pelas vezes em que não demos testemunho da nossa fé;
- Pelas vezes que impedimos a atuação da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
“Entregar para receber”
A responsabilidade pelos próximos 70 anos pesa sobre nossos ombros. Não deve ser um peso que nos oprime, mas sim uma santa responsabilidade que nos enche de orgulho por colaborar com a missão da Mãe de Deus, a partir do Santuário, a exemplo de João Pozzobon. A Mãe e Rainha conta conosco: “somos suas mãos, seus pés e sua voz” enviados por ela, para ajudar na evangelização e santificação das famílias.
Não vamos sozinhos, na sua pequena Imagem Peregrina, a Mãe de Deus está presente ao nosso lado. Damos nosso sim, entregamos nossa pequena vida em suas mãos, na certeza de que ela nos aceita na Aliança de Amor e nos dá coragem e ousadia na missão.
Referências Bibliográficas ________________
Uriburu, Pe. Esteban. João Luiz Pozzobon, Peregrino y Misionero de Maria