A Campanha da Mãe Peregrina dos Enfermos coloca o trabalho de evangelização junto aos doentes à luz da Divina Providência. Muitas vezes, a enfermidade e o sofrimento, analisamos o prisma de um Deus Providente, que nos ama, pode até parecer contraditório, mas é preciso ter fé de que o Pai cuida com amor de cada um de nós.

Finitude humana diante de Deus

“O sofrimento. A dor nos acomete de diversas maneiras e, nos momentos difíceis, muitos se interrogam: Por quê? Por que eu? Por que nesta hora em que eu era tão necessário? (…) Pensar na doença como meio para a santificação pessoal e para a redenção do mundo é algo que parece totalmente anacrônico em relação ao nosso tempo, a era da produtividade e da eficácia. Entretanto, toda enfermidade é um período de humildade, de humilhação mesmo, que expõe nossas próprias fraquezas, submetendo-nos à dependência de outros, encarregados de cuidar de nós. É momento de nos colocarmos face-a-face com nossa finitude humana, diante do Deus vivo e verdadeiro.”

[1] (Dom Euzébio Scheid, 02 de fevereiro de 2006).

Quando experimentamos nossas próprias limitações, nos tornamos mais humanos, e por isso, nos aproximamos de Deus em nossa pequenez. Assim como Jesus revelou a São Paulo: “Basta-te a minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força” (2Cor 12,9).  Mas é preciso atenção para que a aceitação do sofrimento não se transforme em conformismo masoquista diante dos problemas. Afina, Deus nos concedeu aptidões para ser empregadas na construção do mundo e na promoção do próprio ser humano.

Deus sabe de nossas necessidades

Deus sabe de nossas necessidades, o próprio Cristo veio para anunciar que Deus é Pai de bondade. “O Pai sabe do que tens necessidade antes que lhe peçais!” (Mt 6,8). O Fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt, o Pe. José Kentenich, nos explica o conteúdo desta frase dita por Jesus:

O que devemos pressupor neste enunciado? Toda a doutrina da Divina Providência. A doutrina de que Deus estabeleceu um plano. Ele o ponderou com todo o cuidado. Como fui criado? Quais são os traços característicos de minha vida? Tudo foi previsto. Tudo previamente planejado, tudo previsto com antecedência, tudo determinado previamente, já calculando as graças que me seriam oferecidas para que eu tivesse a capacidade de descobrir os detalhes deste plano e não só descobrir, mas também realizá-lo…

O Pai o sabe por que ele planejou tudo, porque o previu e porque tem em suas mãos a sua realização, sempre e em todos os pormenores, Ele governa a minha vida e já a governou…

Ele sabe, com certeza que eu tenho necessidade disso e também está pronto a dar-me tudo, por isso acrescentou: antes que lhe peçais. Portanto, não preciso primeiro dizer que me está faltando algo, não preciso adverti-lo de que agora eu preciso disso e daquilo, isto é tão evidente.” [2]

João Pozzobon e o cuidado com os enfermos

O Servo de Deus João Luiz Pozzobon também se dedicou aos doentes levando-lhes a Comunhão, na primeira sexta-feira de cada mês. “Na última sexta-feira do mês de feverei­ro, partiu, em companhia de Denise, para levar a Eucaristia a alguns enfermos. Saiu, apressadamente, apenas terminada a Missa, pois o tempo era escasso. O Sr. João explicou-lhe o percurso que fariam. Disse-lhe que colhe­ra um ramo de rosas, para que ela oferecesse uma flor para cada doente: ‘Quando você lhes entregar a rosa, diga-lhes que ela simboliza a alegria que você sente’.”[3]

Mãe Peregrina dos enfermos

A Campanha da Mãe Peregrina dos Enfermos, por meio da evangelização e do acompanhamento aos irmãos enfermos, os coordenadores e missionários são chamados a ajudá-los a trilhar com Jesus a via-sacra de suas dores e sofrimentos. Para isso, é importante ter abertura de coração, compreensão e dedicação aos que sofrem: saber ouvir e acolher. A fecundidade deste apostolado depende em primeiro lugar do espírito sacrifical e da oração daqueles que assumem o cuidado por nossos enfermos. Ser um missionário dos enfermos é também ouvir como um ato de fraternidade.

“Em cada lugar, em cada casa de um doente, (…) o Sr. João era portador de esperança, alegria, salva­ção, pois levava o Redentor. Parecia não se cansar nunca, ti­nha a mesma disposição que numa Romaria. Sabia que não lhe restava muito tempo… Tinha uma maneira especial de fa­zer as coisas: sua pessoa, seu sacrifício abria os corações a Jesus”. [4]

Seguindo os passos de João Pozzobon com a Mãe Peregrina, nos deixemos inspirar por sua frase: “Não é preciso falar muito. Só o sacrifício que fazemos vai convertendo, pouco a pouco, as pessoas. Não se trata do que nós fazemos, mas da ação de Deus por meio de nós.”[5]

Como receber a Mãe Peregrina dos Enfermos?

Para receber a Mãe Peregrina dos Enfermos em sua comunidade, entre em contato com o Secretariado:

WhatsApp (11) 96861-985
Telefone: (110 4414-4249
E-mail: recepcao@maeperegrina.org.br

 

Referência: 

[1] Zenir.org. 2 de fevereiro
[2] Abrigados em Deus Pai – Pe. José Kentenich – pág. 23
[3] Herói hoje, não amanhã – pág. 197
[4] Idem 3
[5] Idem 3 e 4