“Ela me tomou em seus braços e me trouxe até aqui”

A Mãe, Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt, também intercede por aqueles que sentem o chamado para servir a Deus, como Fênykis de Oliveira Silva, diácono transitório da arquidiocese de Goiânia. Natural da cidade de Guapó/GO, ele reconhece a constante intercessão da Mãe em sua vocação. Confira o depoimento:

Falar de minha história vocacional é reconhecer a constante intercessão da Virgem Maria, que conquistou minha admiração e meu amor na devoção apostólica de Schoenstatt. Minhas inquietações vocacionais, começaram ainda muito cedo. Quando criança queria ser Papa, assim como João Paulo II; nem sabia o que isso significava, mas queria ser como ele. Pouco tempo depois, me encantei pelo testemunho de um padre, que residia em minha cidade natal e meus anseios vocacionais foram se clareando.

No entanto, pelas contingências da vida, acabei por me afastar de minha comunidade e nesse período minha mãe sofreu um acidente que perfurou seu tímpano. Com medo de ver minha mãe surda, entrei em meu quarto, fechei a porta e, de joelhos, escrevi uma carta para Deus, me comprometendo a voltar a participar das missas dominicais e a entrar em grupo de Pastoral se minha mãe não perdesse a audição. No Domingo seguinte, fui à Santa Missa, para pagar “adiantado” minha parte da promessa.

Caminhando com a Mãe e Rainha

Ao final da celebração, me ajoelhei para falar com Deus: “Senhor, eu disse que viria e aqui estou; mas não sei como fazer para entrar em grupo de pastoral ou como ajudar em alguma coisa na minha comunidade.” Eu estava ainda de joelhos, quando alguém tocou em meu ombro; ao olhar para trás vi, uma simpática senhora que dizia se lembrar de mim, ainda pequeno, rezando o terço com minha família em um grupo que ela conduzia.

Por esse motivo, ela queria que eu assumisse um grupo de famílias que começaria a receber a Mãe e Rainha em suas casas e precisava de alguém para caminhar com a imagem e acompanha-las. Sem titubear, respondi “sim”, pois eu sabia que Deus acabava de me ouvir. Com 14 anos comecei a acompanhar um grupo setorial de 30 famílias da Mãe Rainha Três Vezes Admirável Schoenstatt.

Eu me apaixonei pela história do movimento, estar com aquelas famílias reacendeu a minha inquietação vocacional e fez crescer em mim o desejo de fazer conhecida por todos a imagem da Mãe Rainha.

Aliança de Amor com Maria

Passado algum tempo, chegou o momento de fazer a “Aliança de Amor” no Santuário de Brasília, o mais próximo de minha cidade. No entanto, por não ter 18 anos, era preciso que minha mãe assinasse e assumisse o compromisso por mim.

De joelhos, dentro do Santuário, enquanto minha mãe assinava, eu fiz minha aliança com Maria dizendo: “Mãe Rainha, eu não posso assinar nesse livro, mas hoje entrego minha vida em tuas mãos e te peço que me ajude a fazer a vontade de Deus em minha vida. Se for o sacerdócio, me ajude a encontrar os caminhos para isso, mas se for o de constituir uma família, me ajude nos vestibulares que terei de fazer, para assim, encontrar o meu caminho. De qualquer modo, seja qual for as graças que de Ti eu receber, irei ao teu Santuário, em Atibaia para agradecer”.

Ela cuida de mim

Terminado o ensino médio, prestei alguns vestibulares e comecei a faculdade por graça dela, foi quando dois seminaristas, em missão na minha cidade natal, ficaram sabendo de minhas inquietações vocacionais e me procuraram para conversar.

Comecei os acompanhamentos vocacionais pela Arquidiocese no mesmo ano – de modo que me formei em dezembro de 2011 e entrei para o seminário em fevereiro de 2012. Durante todos os anos de formação, percebia que minha “Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt” se fazia presente: nas casas que visitava, nas missões que exerci. Eu sabia que ela estava cuidando de mim.

Eternamente grato

Em preparação para a minha ordenação diaconal, etapa para o sacerdócio, realizei o meu retiro canônico, em 02 fevereiro de 2019, na cidade de Indaiatuba/SP, que fica próximo a Atibaia/SP. Essa foi a oportunidade, fruto da providência divina, de ir ao Santuário pagar minha promessa e agradecer a Mãe Rainha por ter cuidado e intercedido por mim junto ao seu Filho.

Sou eternamente grato à Mãe Rainha, pois sinto que ela me tomou em seus braços e me trouxe até aqui. E caso você tenha chegado ao final deste testemunho e esteja se perguntando sobre a audição de minha mãe; bom, ela ouve bem melhor que eu. Fraternal abraço, Deus lhes abençoe.