Deixar-se seduzir pelo amor da Mãe e de seu filho Jesus!

Sonia Tubino/ Juliana Dorigo– Seduziste-me, ó Senhor, e deixei-me seduzir” (Jr 20,7), assim disse a Bíblia e nos mostrou e confirmou a vida de João Luiz Pozzobon, “o grande missionário” que há 70 anos iniciou a Campanha da Mãe Peregrina. Ele, não só a tomou como guia e Mãe espiritual como principalmente, movido pelo Espírito Santo, viu no seu caminhar, a solução prática que a evangelização traria para nossa sociedade.

Já disseram que “peregrinar” é rezar com os pés! Isso fez João Pozzobon o incansável peregrino, levando aquela imagem de porta em porta, de coração a coração. A chegada da Mãe Peregrina a cada família, confirma de uma maneira simples e terna, aquela presença materna que nunca deixa de estar atenta às necessidades de seus filhos.

Maria vem a nós tão pressurosa quanto o foi ao visitar e servir sua prima Isabel. Chega de mansinho, trazendo no seu silêncio a paz e harmonia que emanam do seu olhar. Ela, como a melhor das mães, faz dos seus dons um reflexo da Graça do Pai e nos ensina a nos deixarmos modelar por suas mãos, ternas e pacientes.

Nossos menores gestos, nossas atitudes mais prosaicas e cotidianas se tornam assim um exercício contínuo de fé e confiança no amor do Pai. Pozzobon nos mostra que receber a imagem de Maria na nossa casa é saber-se nunca abandonada, sempre sob as bênçãos maternais de Maria, que passando à frente de nossos problemas e preocupações, como jardineira experiente, revolve as terras de nosso coração, nos aduba com seu carinho e nos banha com sua luz.

Serena, nos ensina a pacientemente, esperar o florescer da felicidade mostrando-nos que mais importante do que vitórias imediatas ou milagres instantâneos, é a nossa perseverança na fé e a certeza e compromisso com o divino que existe em cada um. Essa foi a missão abraçada e defendida por João Pozzobon e ainda deve ser o nosso apostolado.

Como cristãos e cristãs contemporâneos, seguindo os passos do Servo de Deus, temos que ser ousados e corajosos para não nos deixarmos abater pelas dificuldades ou limites que a vida moderna nos impõe. Devemos abraçar a vida em família com o mesmo abraço de acolhida que a Mãe nos presenteia. Seremos firmes como essa mulher o foi ao pé da Cruz, sem lamúrias inúteis ainda que de coração sofrido.

Seremos fortes como o bambu que verga, mas não quebra, quando os ventos e tempestades abalarem nossos alicerces familiares. Enfim, seremos “aluninhos” e “instrumentos” de uma Igreja que se reconstrói, se reformula, mas não deixa nunca de ser um cantinho do Céu, que com Maria, se instala em nosso lar.