João Pozzobon e sua alegria em ser pai de família
Sonia Tubino/Juliana Dorigo – Hoje, 15 de maio, celebramos o Dia Internacional da Família, nesta inspiração podemos ver traços de João Pozzobon que nos ajudam compreender o exemplo de amor e alegria em família. “Pouco importava mover o mundo inteiro, se descuidasse de minha família. Se isto acontecesse, não estaria fazendo nada…” “Com este olhar feito de fé e amor, de graça e compromisso, de família humana e Trindade divina, contemplamos a família que a Palavra de Deus confia nas mãos do marido, da esposa e dos filhos, para que formem uma comunhão de pessoas que seja imagem da união entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Por sua vez, a atividade geradora e educativa é um reflexo da obra criadora do Pai. A família é chamada a compartilhar a oração diária, a leitura da Palavra de Deus e a comunhão eucarística, para fazer crescer o amor e tornar-se cada vez mais um templo onde habita o Espírito”.[2] Apesar de tantos desafios e limites que encontrou em sua vida, João Pozzobon soube construir sua vocação de homem e pai cristão, na escuta atenta aos planos providentes de Deus. Confiante e seguro de si mesmo, como aqueles que se sabem escolhidos e amados pelo Pai, obedeceu, com sua entrega total, aos desígnios e possibilidades que lhe surgiam à frente. Consciente e firme nas suas escolhas e nas responsabilidades delas decorrentes, com afeto e delicadeza, respeito e generosidade, teceu um ambiente de diálogo constante na sua vida pessoal e familiar. A alegria era fruto do amor compartilhado com a esposa e com cada um dos filhos, de forma muito particular e individualizada na atenção e expectativa com os quais se relacionavam. Nos dois matrimônios que teve, na grande prole que gerou, deu a cada membro de sua família o valor de um presente de Deus! Nas suas relações familiares, sua vontade não era imposta de maneira egoísta ou ditatorial, pelo contrário, era resultante de um diálogo aberto e franco com os filhos e sua companheira. Não sonhava sozinho, nem se santificava para impor um poder absoluto. Antes de tudo se colocava como o mais simples dos instrumentos na execução dos planos divinos. “O desenvolvimento de sua intensa vida de oração não significou, contudo, uma separação do mundo. Pelo contrário, percebe-se nele crescente abertura e uma forte solidariedade com os demais. Primeiramente, com sua família, com sua esposa e seus sete filhos, a quem denominava suas ‘sete joias’”.[3] João Pozzobon via-se como semente a ser lançada para que dela brotasse um novo homem, uma nova família, uma nova sociedade. Mergulhado na fé e no universo pedagógico do Pe. Kentenich e amparado na força da Aliança de Amor, tornou-se para nós, “o missionário dos tempos modernos!” Mostrou-nos que mesmo em tempos difíceis, com pequenos e cotidianos gestos de amizade e confiança, podemos fazer de nossa casa, de nossa comunidade, um Santuário-Lar, uma “igreja em saída” que leva, junto com a Mãe Peregrina, a presença do Amor Misericordioso do Pai. Personalidade batalhadora, corajosa e audaz nos ensinou a moldar os tijolos de nossa igreja doméstica com a tenacidade “de quem sabe esperar em Deus”. Seu otimismo e resiliência decorriam de sua vinculação profunda ao coração de Maria e de sua Convicção e Fé na Sabedoria do Senhor! E nós? O que nos falta ou como nos dispomos, hoje, a planejar e erguer nossa catedral interior e familiar para que a alegria e o amor sejam nossa base e impulso de vida? Qual a forma mais criativa ou adequada de Evangelização para nossa realidade atual? Em nossas “igrejas domésticas”, como anunciar o Deus vivo que nunca nos abandona e a presença da Mãe que diz: “nada sem Vós, nada sem nós”! Referência [1] URIBURU, Esteban. Herói hoje, não amanhã, pág. 61 [2] FRANCISCO, Papa. Exortação Apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia. [3] Idem pág. 57Vocação de pai cristão
Uma vida de oração
Missionário dos tempos modernos
Anunciar o Deus vivo