“João Pozzobon: a fé com os olhos do coração”

Missionário fiel de Maria

Sonia Tubino- O Servo de Deus, João Luiz Pozzobon, diácono permanente e missionário fiel de Maria, é para nós um exemplo de fé e misericórdia que se concretizam e perpetuam por ações e atitudes. A sua religiosidade e entrega espiritual a Mãe de Deus não foram feitas de palavras bonitas ou enfeitadas, de orações repetidas e sem eco, mas sim, em forma de um vínculo de amor que se fez presente por meio da Aliança com Maria e de um terço vivido e experimentado na misericórdia para com o outro.

Ele, quando ainda jovem, não ficou por mais de dez meses no seminário por causa de sérios problemas de visão, que o acompanhariam vida a fora, não precisou da acuidade do olhar para perceber por que da Paixão de Cristo. Sentiu ao olhar com o coração, que a sua volta, muitos eram necessitados do sentimento de pertença e acolhimento que só Deus pode nos dar.

Instrumento da missão

Vinculado de forma intensa a Maria e seu filho Jesus, compreendeu que suas mãos, seus pés, seus ombros e sua voz, deveriam ser instrumentos da grande missão de levar esperança e uma vida nova ao mundo. Então, como um aluno do Pe. Kentenich e burrinho de Maria, como ele mesmo se intitulava, seguiu em frente no seu compromisso de evangelização e apoio àqueles que tanto precisavam.

Reunindo seus poucos recursos materiais, mas também ousando sair ás ruas e buscar outras ajudas e ofertas, fundou em 1952 a Vila Nobre da Caridade, um total de 14 casas que construídas em mutirão, tornou-se um modelo e resposta de solidariedade ao grito social daqueles que vinham de longe, dos desempregados, dos sem recursos, dos “pequeninos do Senhor”.

Cantinho precioso

Com a Campanha da Mãe Peregrina por ele iniciada, e que hoje contempla mais de dois milhões e meio de famílias, a presença do olhar materno de Deus sobre nós, se torna palpável na imagem de Maria que porta Seu Filho e que entra em nossa casa com a ternura e poder infinito do Amor!

Herói hoje e não amanhã, sempre, ainda que consciente de suas fragilidades e limitações humanas, talvez justamente por isso, mesmo tão necessitado das mãos educadoras da Mãe que peregrina, João Pozzobon, nesse mês de maio nos convida a fazer de nossa casa, nossa vida, nosso coração um santuário vivo e atuante, um cantinho precioso onde sempre ecoa a voz amorosa de Deus.