No segundo domingo da Páscoa – neste dia 8 de abril – a Igreja celebra a Divina Misericórdia, uma festa litúrgica na qual o fiel pode alcançar a graça do perdão dos pecados, desde que cumpra os requisitos habituais para a obtenção da indulgência.

Prometeu Jesus em suas aparições a Santa Faustina Kowalska:

“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores (…). Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate”.

No ano 2000, o Papa São João Paulo II instituiu esta Festa da Misericórdia e, em 2002, foi publicado pela Santa Sé o “Decreto sobre as Indulgências recebidas na Festa da Divina Misericórdia”.

A indulgência plenária

Concede-se indulgência plenária no segundo domingo de Páscoa ao fiel que:

1 – Cumpra as condições habituais: confissão sacramental com sincera rejeição do pecado e firme propósito de emenda; comunhão eucarística e oração pelas intenções do Santo Padre;

2 – Participe nas práticas de piedade em honra da Divina Misericórdia, ou pelo menos recite, na presença do Santíssimo Sacramento da Eucaristia, publicamente exposto ou guardado no Tabernáculo, o Pai-Nosso e o Credo, juntamente com uma invocação piedosa ao Senhor Jesus Misericordioso (por ex., “Ó Jesus Misericordioso, confio em ti”).

A indulgência parcial

A indulgência parcial, por sua vez, é concedida “ao fiel que, pelo menos com o coração contrito, eleve ao Senhor Jesus Misericordioso uma das invocações piedosas legitimamente aprovadas”.

Foi numa referência a Divina Misericórdia que, entre os anos 1931 e 1938, o Senhor revelou a Santa Faustina algumas novas formas devocionais que pretendem auxiliar o cristão a se aproximar mais e mais deste aspecto de seu mistério. Essas formas devocionais são o terço, a novena, a hora, a imagem da Divina Misericórdia – que uma vez abençoada, torna-se um sacramental -, e uma nova celebração litúrgica, a Festa da Divina Misericórdia, aprovada no ano 2000 pelo papa João Paulo II e enriquecida com especiais indulgências.