Recordações de João Pozzobon sobre suas experiências com a Mãe Peregrina:
“Atravessando um lugar deserto, andando por caminhos e campos, o pobre Diácono se encontrava sozinho. Devia partir e se encontrara sozinho. Pensei: faremos uma visita a uma família com os alunos e rezaremos o Santo Rosário. E assim fizemos. Tudo estava pronto; o diácono João, exausto, disse: ‘devo partir, carregar a Mãe e Rainha e a maleta no ombro calejado e não tenho ajudante’. Então o pai daquela família disse: ‘Eu vou ajudá-lo até o outro lado do bosque e vou meter os pés no barro.’ E assim fez.
Atravessando o extenso campo até chegar ao bosque, mantiveram uma animada conversa mariana; cada um contava os prodígios e rezávamos. Chegamos no mato e começamos a entrar, e ouvimos uma voz ao longe: eram caçadores. Eles também ouviram um ruído e foram se aproximando. Quando eles, com suas armas, se deram conta de quem era, vieram a nosso encontro, depositaram as armas no chão e nos ajudaram a carregar a Imagem. Nos saudamos, ainda em meio à água, com alegria. Lhes disse
– Que linda foi hoje vossa caçada, já que coincidiu com este belo encontro.
– No entanto, hoje não conseguimos caçar nada, mas fomos caçados pela Peregrina que saiu do mato!
Assim, eles nos ajudaram até chegar a uma represa onde lavaram os pés. Ali se encontravam outras pessoas que vieram ao seu encontro. Seguimos exaustos; a Peregrina continuava no ombro calejado; a certa altura o Diácono João disse:
– Vamos descansar? E eles responderam:
– Sim.
Assim fizemos. Paramos por um tempo e seguimos para a casa combinada. Ao chegar foi emocionante. A Imagem Peregrina começou a aparecer ao longe, no mato, junto a uma cabeça branca. Todos se emocionaram, com os olhos cobertos de lágrimas esperavam pela Mãe Peregrina com suas roupas de festa. E ali se realizou o programa: o Santo Rosário, leitura do Evangelho, uma pequena reflexão e por fim a consagração e bênção para todos os presentes, com o pedido que se estendesse também às suas casas e trabalhos.”
Referência:
1 Uriburu, Esteban J. João Pozzobon Peregrino y Missioneroo de Maria Ed. Patris, Santiago 1988, p. 238.
Foto: Arquivo