“Este é o meu Filho amado, no qual eu pus o meu agrado”
Juliana Dorigo
“Este é o meu Filho amado, no qual eu pus o meu agrado” (Mt 3,17). Nas águas do Rio Jordão Jesus foi batizado por São João Batista. Todo poder me foi dado no céu e na terra, dirá o Senhor; ide, pois, ensinai a todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Mt 28, 18-19).
Jesus foi ungido com o Espírito Santo como o Messias, o Cristo, como citado nas Escrituras. João diz: “Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo”. Ele já começa cumprindo sua missão na humildade: ele entra na fila dos pecadores para ser batizado por João. Ele, que não tinha pecado, assume os nossos pecados, faz-se solidário conosco; ele, o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo![1]
O Pe. José Kentenich nos diz sobre a aliança batismal: “O Espírito de fé nos diz que a aliança batismal contém três elementos essenciais: desprendimento de si mesmo, entrega e disponibilidade. O cristão é separado do mundo, deixa de pertencer a si mesmo, já não é senhor de si próprio, por isso, não pode fazer tudo o que quer. Pertence ao Senhor, a quem se entregou. Foi por ele aceito e unido a sua pessoa. Desta aliança com Cristo e com a Trindade surgem muitas consequências e exigências para a parte humana”.[2]
O Papa Francisco explica que a Festa do Batismo do Senhor nos ajuda a compreender a humildade de Jesus. “Aquele que não tinha pecado, ao pôr-se em fila com os penitentes, misturando-se entre eles para ser batizado nas águas do rio. Quanta humildade tem Jesus! E, agindo assim, Ele manifestou aquilo que celebramos no Natal: a disponibilidade de Jesus a imergir-se no rio da humanidade, a assumir sobre si as faltas e as debilidades dos homens, a compartilhar o seu desejo de libertação e de superação de tudo o que afasta de Deus e nos torna alheios aos irmãos. Assim como em Belém, também ao longo das margens do Jordão, Deus mantém a promessa de assumir o destino do ser humano, e disto Jesus é o Sinal tangível e definitivo. Ele cuidou de todos nós, cuida de todos nós durante a vida, ao longo dos dias”.[3]
A Festa do Batismo nos convida a fazer memória do nosso próprio batismo, como cristão, devemos nos recordar o dia da nossa santificação inicial em que Deus nos concedeu o Espírito Santo.
Referência:
[1] Artigo: Festa do Batismo do Senhor, Cardeal Dom Orani João Tempesta, fonte: CNBB
[2] Artigo: Que atitudes de Aliança levamos do Batismo, Karen Bueno/Ir. M. Nilza P. da Silva, cite em: schoenstatt.org.br
[3] Papa Francisco Angelus, 7 de janeiro de 2018