“Teu Santuário irradia em nosso tempo o esplendor e a glória do Sol do Tabor.”
(Rumo ao Céu 196)
Pe. Francisco José Lemes Gonçalves– Jesus toma consigo Pedro, Tiago e João e os conduz a uma alta montanha e ali lhes revela sua Glória, onde o Pai também manifesta seu bem querer no Filho diante das testemunhas de Moisés e Elias. O Cristo Tabor é o Cristo Ressuscitado, que depois da humilhação diante dos homens e da morte numa cruz, resplendece glorioso na Ressurreição, trazendo consigo as marcas da Paixão.
Ali era bom estar! Quando Ressuscitado será bom estar com Ele. Na liturgia eucarística, o altar é o Tabor, ali é bom estar! Como no Tabor, na Ressurreição e na Missa somos enviados a missão. Depois da experiência do “ali é bom estar” somos enviados a transfigurar com a glória do Tabor nosso mundo desfigurado pelo pecado e suas consequências.
Nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, teve uma afeição por esta frase bíblica: “Aqui é bom estar” e inspirado pelo Espírito Santo, trouxe esta atmosfera de Tabor para nossos pequenos Santuários onde a Mãe de Deus neles se estabelece. Schoenstatt-Tabor: “belo lugar” – é o que significa a palavra Schoenstatt no alemão; Tabor: lugar belo que Jesus escolheu para se revelar. Eis a grande missão de Schoenstatt, a partir de nossos Santuários fazer com que os que a ele se dirijam façam essa experiência com Maria: deixar-se transfigurar pelo Cristo-Tabor e com sua Mãe espalhar as suas magnificências.
Missionário portador do Tabor
O missionário quando vai às famílias, enfermos, jovens e outras modalidades com a Peregrina, leva consigo na pequena imagem de graças toda essa realidade! Você já refletiu: quando Ela com seu Divino Filho adentra um lar, um condomínio, um hospital, uma prisão, uma escola, um recinto comercial… Ela espalha a “glória do Sol do Tabor” como diz o salmista: “isso é maravilhoso aos nossos olhos”. Não é simplesmente cumprir escala, não é simplesmente um entregar… é a realidade da Transfiguração, que aliás está em seus braços irradiando luz que adentra estas localidades; e o missionário é o portador deste Tabor. Como é grande sua missão!
Em tempos de distanciamento social, e todo um cuidado para que esse vírus não se espalhe, a Mãe Peregrina fisicamente está parada. Mas, a sua missão não está parada. A Peregrina com seu Divino Filho Tabor caminha silenciosamente pelas casas e você pode fazer isso enviando-a espiritualmente aos que estão ligados à sua Imagem de Graças.

Foto: Arquivo Secretariado
A missão é essencial
Às vezes perdemos tempo querendo construir “tendas”, como outrora Pedro quisera fazer no Tabor, isso não era o essencial, embora se precise das estruturas de organização, mas nos ater ao que é essencial: a missão! Seja ela, que em breve nos possibilitará o retorno da Peregrina “caminhando”, mas nestes tempos sermos como Santa Terezinha do Menino Jesus, que nunca foi missionária – pois vivia numa clausura, mas se ofereceu inteiramente dentro de seu estado de vida pelas missões e tornou-se a padroeira universal das missões.
Minha terra de Schoenstatt
Então, presencialmente ou não, continue levando a Imagem de Graças aos que a ela estão vinculados para que nestes tempos, mais do que nunca, Ela com seu Divino Filho possa ser “(…) o prado do Sol do Tabor, onde nossa Senhora Três Vezes Admirável impera no meio de seus filhos prediletos e retribui fielmente todos os dons de amor, manifestando sua glória e infinda, rica fecundidade e possamos transformar nossas realidades: “(…) minha terra natal, minha terra de Schoenstatt”. (Rumo ao Céu 600 – 605). Sim, mais do que nunca, nosso mundo e nossas realidade precisam deste Schoenstatt-Tabor!