
Neste ano dedicado a São José, a Família Mãe e Rainha convida a todos que se chamam “José” para um projeto especial: “Eu me chamo José”. Queremos conhecer a história de seu nome. Confira o testemunho de José Carlos Baboin. Leia na íntegra:
Sou o José Carlos Baboin, tenho 64 anos, sou casado e pai de três filhos. A história do meu nome é bastante peculiar e me sinto muito orgulhoso em ter o nome JOSÉ.
Meus pais, Waldemar Baboin e Ignes Degrandi Baboin, moravam numa vila dentro da Fábrica da Cia. Melhoramentos de Papéis em Caieiras. A casa de meus pais era bem afastada das demais do bairro, mas lá de casa dava para ver a Capelinha de São José que ficava no alto da colina, dentro da área da fábrica e minha mãe sempre olhava para a Capelinha e fazia suas orações. Ela estava grávida de seu segundo filho (eu) e ficava preocupada como faria quando chegasse a hora de meu nascimento, pois meu pai trabalhava na fábrica da Melhoramentos, inclusive nos finais de semana, e nas casas não tinha telefone naquela época, não tinha vizinhos próximos e a parteira ficava distante de nossa casa.
Ela olhava todos os dias para a Capelinha de São José e pedia que se ele a ajudasse na hora do parto e se fosse um menino se chamaria José. No dia 29 de abril de 1956, domingo, meu pai foi para o trabalho, em casa estava a minha mãe e meu irmão Pedro com 7 anos, lá pelas 10 horas da manhã, minha mãe começou a sentir que era chegada a hora do meu nascimento, pediu para meu irmão que fosse até a casa da parteira e pedisse para ela vir imediatamente, só que minha mãe sabia que iria demorar até ela chegar, ela foi até a janela olhou para a Capelinha e pediu a São José que aquela era a hora, que ele a ajudasse nesse momento, pois ela temia pela vida do filho que estava por nascer, pois ela estava sozinha. Preparou uns paninhos e confiou na proteção de São José.
Depois de algumas horas, quando a parteira chegou, encontrou minha mãe comigo em seus braços já dando de mamar. Deu tudo certo, a parteira não tinha mais nada há fazer, São José já tinha feito a sua parte. Minha mãe cumpriu a promessa e colocou o meu nome José Carlos, mas ela sempre me chamou somente de JOSÉ. Com o tempo os funcionários tiveram que se mudar da área da fábrica e fomos morar em outro bairro da cidade, mas minha mãe sempre ia na Capelinha de São José lá dentro da fábrica. A fábrica foi vendida algumas vezes e cada novo proprietário ia fechando as portas para visitas à Capelinha e ela foi se deteriorando e sendo saqueada. Lembro quando minha mãe já estava bem debilitada e pediu para que eu a levasse para ver a Capelinha de São José; fomos num dia à tarde e ela ficou muito feliz em poder rever a Capelinha. Quando minha esposa ficou grávida de nosso primeiro filho e minha mãe contou a ela porque eu me chamava José, minha esposa disse que essa história tinha que continuar e quando nosso filho nasceu ele recebeu também o nome de José Carlos.
Fonte: Santuário de Atibaia