Ir. M. Ana Paula Hyppólito – Quando pensamos no dia da mulher, o que nos vem à mente? A resposta a essa pergunta depende das vivências que tivemos com relação a essa data comemorativa ou àquilo que a mídia publica.

Desde o fim do século XIX, a mulher vem lutando, de muitas maneiras, para conquistar sua posição de igualdade em relação ao homem. Uma luta necessária, mas que infelizmente tomou outros rumos, colocando a mulher muito mais em desvantagem do que em pé de igualdade ante o homem.

Será verdade?

A mulher tem igual valor e dignidade em relação ao homem. No livro do Gênesis, vemos que o Criador fez a mulher da costela de Adão, ou seja, do seu lado. Essa simbologia significa que os dois estão lado a lado, nenhum acima, nenhum abaixo; Eva não foi tirada dos pés de Adão, nem de sua cabeça, ou seja, são companheiros. Mas o ser e a missão de cada um são diferentes. Compreender isso traz à mulher grande serenidade. Se ela entende sua missão, sua posição, seu ideal de vida, sua dignidade mais sublime, não precisa se agarrar a uma luta desenfreada ou a um constante querer se impor. A autoridade do seu ser se impõe por si mesma, pela irradiação da sua personalidade.

Se a mulher quer se igualar ao homem, traindo sua essência – o que temos visto hoje – ela não consegue se realizar, por mais que queira aparentar soberania e realização.

O corpo da mulher foi idealizado por Deus para proteger e guardar a vida, a mulher é a grande defensora da vida, da cultura da vida. Sua estrutura psicológica é muito mais sensível, empática e intuitiva que a do homem, justamente por causa de sua missão. A mulher está ligada à pessoa e o homem às coisas. A mulher gosta de falar de pessoas (é só observar uma roda de mulheres conversando…) e o homem gosta bem menos de falar, mas quando fala prefere assuntos como carros, futebol, conquistas materiais, etc.

Há estudos e pesquisas com bebês que já mostram essa realidade: as meninas com poucos dias ou semanas de vida fixam o olhar muito mais em pessoas e os meninos em objetos. O homem foi feito para construir, empreender e a mulher para cuidar, gerar, proteger.

Isso não quer dizer que o homem não tem capacidade de cultivar vínculos pessoais e de amar e que a mulher não se interesse por empreendimentos e conquistas; isso também está relacionado ao temperamento de cada um, mas na maioria das vezes e de forma mais acentuada, se dá essa realidade.

Podemos notar: quando uma mulher se interessa acentuadamente por coisas materiais, por sua aparência ou pela profissão e o status, em detrimento de sua família, de seus amigos, de sua fé e de sua integridade moral, ela certamente está destinada à infelicidade e a não realização.

Isso não quer dizer que uma mulher não possa crescer e ser bem-sucedida profissionalmente, estudar, etc. Isso é importante também, mas o essencial da vida da mulher é o AMOR a um TU, a uma pessoa viva, à sua família e seus amigos. Se não houver isso, a mulher se torna uma pessoa sem rumo, sem ninho, sem identidade.

Também a mulher consagrada precisa desenvolver a maternidade e o ser esposa. De quem somos esposas? De Cristo! Somos filhas muito amadas de Deus Pai! E somos mães dos filhos espirituais que Deus nos deu: as pessoas que podemos servir.

A Mãe de Deus é nosso modelo! Independente da vocação que Deus deu a cada mulher, a missão de todas, sem exceção é ser Maria!

Todos os Ramos e Comunidades da Obra Internacional de Schoenstatt (famílias, mães, consagrados, sacerdotes, jovens e crianças) têm a missão de levar a Mãe de Deus ao mundo, para ajudar a salvar a família e construir uma nova ordem social.

Como mulheres, damos nossa contribuição nesta grandiosa missão, encarnando o ideal feminino, tendo como exemplo nossa grande Mãe! Queremos garantir para a Igreja e para a sociedade o ideal da mulher autêntica, que ama ser mulher, que desenvolve em si os talentos e capacidades femininas e os coloca a serviço das pessoas. Esse é nosso empenho: ser toda alma, toda pureza, toda dedicação, como nosso Pai e Fundador nos ensinou.

Com alegria, santo orgulho e entusiasmo, levemos ao mundo esta missão e consumamos nossas forças para ser inteiramente mulher, uma verdadeira pequena Maria.

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