(Foto: Lichi Mariño via cathopic.com)
“Queremos espelhar-nos em tua imagem e renovar nossa Aliança de Amor. Como teus instrumentos, torna-nos iguais a ti; por nós constrói, em toda a parte, o teu Reino de Schoenstatt” (Rumo ao Céu 180)
Karen Bueno – Já aconteceu de você estar andando na rua, passando em algum lugar público e encontrar uma pessoa com a medalha da Aliança? Ou a Cruz da Unidade? Ou mesmo uma imagem da MTA na correntinha? Você para, olha mais uma vez e talvez não a conheça, mas no fundo pensa: Quem será? A qual Santuário ela pertence? Será que é de algum ramo? E vem aquela impressão: nós não nos conhecemos, mas somos parte da mesma Família.
Esta medalha da foto acima, que foi cunhada pelos primeiros membros da União Apostólica de Schoenstatt (conheça a história), tornou-se um dos símbolos da Aliança de Amor – apesar de não ser o único modelo de medalha utilizado no Movimento. Ela dá identidade, traz o sentimento de pertença.
A quem pertencemos?
Silvia Araújo, da Liga de Famílias de Schoenstatt de Araraquara/SP, comenta: “Selei minha Aliança há 24 anos e a medalha está sempre comigo. Para mim, significa toda a entrega, faz parte da minha vida. Quando selei a Aliança com a Mãe, entreguei a Ela minha vida, usar a medalha para mim é como simbolizar a própria Aliança de Amor, um momento sagrado que ficou gravado em meu coração”.
Para algumas pessoas, esta medalha é companheira já de vários anos corridos: “Ainda trago comigo (uso) a medalha de minha Aliança de Amor que selei na Jufem. É um símbolo forte para mim. Naquele 21 de março eu me inseri conscientemente no 18 de outubro de 1914 e assumi o mesmo compromisso de nossos primeiros e de nosso Pai. Tornei-me um deles, com o olhar sempre voltado para o Pai e para a MTA. A partir desse dia, tenho meu lugar especial dentro do Santuário, para onde sempre me dirijo”, conta a Ir. M. Nilza P. da Silva, do Instituto das Irmãs de Maria.

(Foto: Cristiane Dominico Lacerda)
Para outros, “expectativa” é a palavra, como conta Mariana Weizenmann, que vai selar a Aliança de Amor amanhã, dia 18 de outubro, com seu grupo de Jufem da Vila Mariana, São Paulo/SP: “Quando eu era pequena, receber a medalha era o motivo pelo qual eu queria selar a Aliança. Via meus pais sempre com a medalha e via o carinho que tinham por ela e como sempre a usavam e aquilo me tocava como criança. À medida que fui crescendo e entendendo o que era realmente a Aliança de Amor e toda a sua grandeza, a medalha parou de ser o único motivo para eu querer selar minha Aliança, mas nunca deixou de ser algo que eu queria receber na consagração. Acho que se eu não recebesse a medalha no dia da minha Aliança, eu sentiria que ela foi incompleta”.
Mas, por que a expectativa de levar consigo este símbolo? “Fisicamente pode ser só uma medalha, mas sinto que para todos que fazem a Aliança é algo bem maior. Você usa uma aliança de casamento porque quer mostrar que está casado com o alguém que Deus preparou para você. E a medalha da Aliança de Amor mostra, mesmo que muitos não entendam, que você tem o coração da Mãe e a Mãe tem o seu, de que você não faz nada sem ela e nem ela sem você. Então eu espero que a minha medalha seja realmente, especialmente para mim, a imagem visível da troca invisível de corações com a Mãezinha. E espero que todo dia, quando eu colocar a medalha ao redor do meu pescoço, eu me lembre que eu pertenço à Mãe e ela me pertence e essa é a nossa Aliança de Amor”, diz a Mariana.
Quando a toco, renovo minha Aliança
Rildo Silva, do Terço dos Homens Mãe Rainha de Atibaia/SP, usa diariamente esta medalha há 15 anos. “A gente foi criado de uma forma simples, humilde, mas ao mesmo tempo muito rica. E a nossa riqueza está na parte espiritual. Sempre pedimos a bênção aos nossos pais, tios, avós, padrinhos… Eu vejo que usar essa medalha da Aliança de Amor, ter esse vínculo com a Mãe, é a mesma coisa do filho que tem esse vínculo com os seus familiares e pede a benção. Para mim, usar a medalha é ter essa intimidade. É dizer: ‘A benção Mãe!’ E toda vez que eu estou com ela, eu me sinto abençoado. Quando eu vou na caminhada para o trabalho, vamos rezando e, não raras vezes, eu me vejo pegando a medalha quando vou fazer o sinal da cruz, ou começar o Terço. Eu pego na medalha e acho que esse pegar, esse sentir me leva a uma intimidade enorme com a Mãe de Deus. Não que seja como um amuleto, não é isso; mas, quando saímos sem ela, parece que falta alguma coisa. Estar com a medalha é pedir diariamente, a todo instante, a benção da Mãe. E mais do que isso ainda, é se sentir abençoado”.
Mas também, ele continua, esta corrente representa um compromisso mútuo: “O nome ‘Aliança de Amor’ diz tudo. Representa o pacto de pertencer à Mãe: eu sou teu! Cada vez que você sente ela [a medalha] ali, você renova a Aliança de Amor e assume o pacto que você tem com a Mãe”.

(Foto: Helena Nabeshima)
A medalha da Aliança, seja qual for o modelo utilizado, coloca diante dos olhos o grande amor que cada filho possui pela Mãe e o compromisso que tem com ela. Mas, o mais importante não está neste símbolo em si, mas na vida: “Possuímos os símbolos externos: a magnífica bandeira e a medalha. Porém, ainda não chegamos à parte principal: a organização interna”, dizia o Pai e Fundador aos jovens congregados no Documento de Pré-Fundação. Pois, o mais importante não é aquilo que está visível, mas aquilo que se vive: “Queremos colocar a nossa autoeducação sob a proteção de Maria… Importa agora pôr mãos à obra. Temos grande tarefa a realizar. […] Sob a proteção de Maria, queremos aprender a educar-nos para sermos firmes e livres caracteres sacerdotais. Queira o bom Deus dar-nos a sua bênção para a realização deste objetivo”.
Fonte: schoenstatt.org.br