Rezando pelo Espírito Santo

Por: Juliana Dorigo

Desde a vinda de Cristo deu-se a “plenitude dos tem­pos” (Gal 4, 4) “A única força motriz é o próprio Cristo, a própria vida divina, e a imensa plenitude que nos foi dada em Cristo, esta personalidade dotada de imensa força… a capacida­de de, a partir da plenitude de Cristo, assumir as verda­des, os germes de vida que podem ser facilmente capta­dos pelas faculdades afetivas”.

[1]

Com essas palavras, o Pe. José Kentenich ressalta a plenitude presente em Jesus Cristo como força da vida divina, que se fez plena em Maria. “O Espírito Santo não só está junto de nós, Ele está em nós como em sua morada. Jesus co­nhece a raiz profunda do coração humano, o sentimento de lar. Ele deve ser satisfeito no céu, mas também na terra. Por isso, devemos retirar-nos à morada mais ínti­ma, onde Ele está. Através de que Ele toma posse de nós? Por meio da santificação. Daí a borbulhante vida divina. Em Maria ela atingiu a plenitude”.[2]

“Quando o Espírito Santo encontra Maria numa alma, apressa-se em ir ao seu encontro, entra nessa alma com toda a sua plenitude e comunica-se a ela com abundância, e na mesma me­dida que essa alma deu espaço à sua Esposa[3]”.

“Só quando o homem, fiel à graça, decide colocar no centro da sua alma a Cruz, negando-se a si mesmo por amor de Deus, desprendendo-se realmente do egoísmo e de toda a falsa segurança humana, só então é que recebe com plenitude o grande fogo, a grande consolação do Espírito Santo”[4]

No dia de Pentecostes foi der­ramada a plenitude do Espírito Santo sobre os Apóstolos e discí­pulos. Cumpriu-se então a palavra do profeta: «Nos últimos dias hei de derramar o meu espírito sobre toda a carne» (cf. J1 3, 1; At 2 17).[5]

Maria é a obra-prima da missão do Filho do Pai e do espírito Santo, representa na liturgia “o trono da sabedoria” e por Ela se manifestam as maravilhas de Deus, que o Espírito vai realizar em Cristo e na Igreja.

“O Espírito Santo preparou Maria com a sua graça. Convinha que fosse «cheia de graça» a mãe daquele em quem «habita cor­poralmente a Plenitude da Divindade» (Cl 2, 9)”.[6]

Rezemos com o Pe. Kentenich pela plenitude

Muitas vezes quero representar-me, com todas

as criaturas,

no Cenáculo de Jerusalém,

onde os apóstolos receberam o Espírito Santo.

 

Como os apóstolos lá se encontravam

com  Maria,

assim eu gostaria de estar unido

a Maria, minha querida Mãe, e a Jesus.

 

E como eles são meus especiais intercessores,

estou certo de que farão que venha sobre mim

e sobre todas as criaturas a plenitude do Espí­rito Santo.

[7]

Abrir os corações com Maria

Querida Mãe e Rainha

Como os apóstolos se reuniram em torno de Vós para esperar o Espírito Santo, assim queremos também recorremos a Tí para invocá-lo.

A vossa súplica saudosa, Mãe Virginal, atraiu o Espírito no Cenáculo de Jerusalém, porque Ele desce ali onde os corações estão dispostos e o anseiam. Renove hoje o seu pedido e invoque o Espírito de Deus por nós.

Vós, querida Mãe, abriu seus corações preparando-os para a sua vinda. Eles se uniram em torno de Vós, fazendo um só coração e uma só alma. Você elevou seu espírito, comunicou a eles sua atitude virginal de oração.

Também abra nossos corações, para que o Espírito possa irromper e viver em nós. Na atitude do Cenáculo e unidos à sua oração, aguardamos a sua vinda. Mãe, espere conosco. Amém. [8]

Contemplando o dom da Piedade

Ó Deus,

como a vida é rica,

grande e bela!

 

Dá-me a força para o sacrifício,

para manter a medida e a ordem.

Dá-me pureza e prudência.

 

Derrama sobre nós a torrente de graças

dos sete dons do teu Espírito Santo!

 

Dá-me o conselho, a fortaleza, a missão!

Dá-me o entendimento, a ciência,

a piedade e o temor de Deus!

 

E, além disso, dá-nos como coroa

dos sete dons tua santa sabedoria![9]

 

 

[1] Pe. José Kentenich. Livro: Movido pelo Espírito Santo

[2] Idem

[3] Idem 1 e 2

[4] Pe. Luiz Fernando Cintra. Livro: Catecismo do Espírito Santo

[5] Idem 4

[6] Idem 4e5

[7] Idem 1, 2 e 3

[8] Novena do Espírito Santo, Pe. Jaime Fernández Monteiro 1984. Editorial Schoenstatt. S. A

[9] Idem 3 e 4