(Imagem gravada no interior do sacrário do Santuário Original/ Foto: schoenstatt.org.br)
“(…) soprando sobre eles disse: Recebei o Espírito Santo…”
Pe. Francisco José Lemes Gonçalves– Neste Domingo de alegria pascal, encerramos este Tempo Litúrgico, felizes por poder vive-lo, mesmo à sombra da pandemia. Durante estas sete semanas fomos convidados: a crer realmente em Jesus Ressuscitado, Ele nos mostrou ser nosso Pastor, nossa Porta segura, nossa Videira na qual estamos unidos e nada e nem ninguém nos poderá dele separar, Jesus senta conosco e come e ao mesmo tempo é nosso alimento.
De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam. Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava. (At 2, 2-4)
Não podemos tocar o Senhor, assim como Tomé, mas o tocamos quando o recebemos na hóstia consagrada durante a Eucaristia, também quando socorremos os pobres, os doentes e os que sofrem as consequenciais desta pandemia que nos assola por mais um ano.
Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos (Jo 20, 19-23).
Mais uma vez, a partir deste Domingo do Divino Espírito Santo, Ele vem como vento que limpa o que está sujo, como fogo para acender a chama apagada ou aquela que está quase se apagando. Nos encoraja para ir ao mundo de nossas realidades, para anunciar e testemunhar Jesus Crucificado Ressuscitado.
Com seu sopro divino, Jesus soprara sobre os onze discípulos. (Judas já não estava entre eles e Matias será escolhido antes do Pentecostes, para que o grupo esteja completo como Jesus começara). O Cristo nos confere um Espírito de amor e misericórdia. Espírito que a exemplo de Jesus, seremos a imagem do amor do Pai, e como a humanidade precisa de novo sentir este amor que se realizara em nós. Ungidos pelo Espírito, inflamaremos de amor as pessoas que amamos.
Maria estava com os discípulos no Pentecostes “Tendo entrado no cenáculo, subiram ao quarto de cima, onde costumavam permanecer. Eram eles: Pedro e João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelador, e Judas, irmão de Tiago. Todos eles perseveravam unanimemente na oração, juntamente com as mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, e os irmãos (primos) dele.” (At1,13-14)
Que a Mãe de Deus, assim como fez com os discípulos em Pentecostes, nos acompanhe de seus Santuários de Schoenstatt. Ali, com Maria faremos esta experiência de estar a sombra de seu Santuário, o qual o Espírito fecundará em nós o Cristo, e Nele e por Ele percorreremos este vasto mundo anunciando-o a todos!
Com a espiritualidade que Pe. José Kentenich nos deixou, queremos com o mesmo ardor, com o fogo que inflamava seu coração, fazer resplandecer o mundo com Maria a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt!
Um feliz e santo Tempo Comum da Liturgia da Igreja que amanhã iniciaremos e o faremos na companhia de nossa Mãe e Rainha: Coração e Mãe da Igreja!