Padre Nicolás Schwizer – Quantos planos bonitos e projetos brilhantes hão fracassado ao longo da história por falta de homens e de ombros! Para a evangelização e transformação do mundo, Deus necessita dos homens. Necessita instrumentos convencidos, comprometidos e dispostos a dar tudo.

Muitos textos bíblicos nos falam daqueles que Deus escolheu. O povo judeu é para Deus “um reino de sacerdotes e uma nação santa”. É o povo eleito e preferido por Deus entre todos os povos da terra, para levar adiante seus planos.

Dons são tarefas. Jesus chama aos seus apóstolos e lhes entrega sua primeira missão. Devem anunciar a grande notícia da proximidade do reino; e isso não só por meio de palavra, se não também com sinais e ações concretas.

Porque quando Deus elege é para dar uma missão: dons são tarefas. Por isso, o Senhor envia aos apóstolos e lhes confia uma tarefa. E como os doze, toda a Igreja é uma Igreja apostólica e missionária. A Igreja não vive para si mesma, se não para ser luz do mundo, para servir a humanidade inteira, para salvar a todos os povos.

Também todos nós somos enviados: cada cristão é um missionário. Esse tesouro imenso que recebemos – a luz de Cristo e de seu Evangelho – é para comunicá-lo a todos os homens. Como o Senhor nos indica cada cristão deve converter-se em “sal da terra”, em “luz do mundo” e em “fermento da massa”.

Não nos encerremos. Com efeito, Deus não criou a Igreja para ser uma espécie de “clube seleto” de almas privilegiadas, as que se permite acesso a certos dons reservados. NÃO. Desde um princípio, Deus há amado a todos os homens e há querido que todos cheguem a seu coração de pai. E por isso criou a Igreja ao serviço de toda a humanidade, como instrumento e mensageira da Boa Nova de seu amor.

Os cristãos somos sem dúvida os prediletos de Deus, porque havemos podido conhecer primeiro seu Evangelho.

Mas nosso privilégio é o de servir: de levar a todos os homens aqueles dons que para todos estão destinados: para que o Evangelho converta-se em luz do mundo; e para que penetre não só os corações humanos, se não também a vida da sociedade e sua cultura.

O Evangelho deve assim fermentar o mundo inteiro para Cristo. Deve vencer e sanear com sua luz tudo o que haja de trevas e pecado nele. Deve construir pouco a pouco essa grande comunhão de amor que Deus deseja com todo o gênero humano: para que todos os homens cheguem a ser filhos seus e irmãos em Cristo.

Recebemos uma luz em nosso batismo. Por isso, a Igreja não é uma ilha, uma família encerrada em si mesma, para gozar do amor que une seus membros. A ela pertencemos para levar sua luz a todos os homens, para iluminar o caminho de todos rumo a Cristo. Os cristãos não podem permanecer enclausurados em suas comunidades ou movimentos. Estes devem ser não só seu lar e laboratório de formação, se não também seu lugar de envio. O lugar desde o qual partimos rumo aos homens, para iluminar com a luz do evangelho os problemas, as alegrias e as esperanças de suas famílias, de seus bairros, de suas escolas, fábricas ou escritórios.

“Ninguém acende uma luz – diz o Evangelho – para escondê-la debaixo de um recipiente, se não para colocá-la sobre um castiçal para que ilumine toda a casa”. No dia de nosso Batismo, todos nós recebemos uma luz – símbolo da missão da Igreja – que a partir desse momento se convertia em missão pessoal de cada um.

Perguntas para a reflexão:

O que fizemos com essa luz do batismo?

  1. Deixamos que se apague;
  2. Guardamos escondida em nossa vida privada;
  3. Ou a levantamos no castiçal de nossa missão, para que ilumine a todos os irmãos.

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