(Foto: Karen Bueno)
Reflexão para o 31° Domingo do Tempo Comum
Pe. Francisco José Lemes Gonçalves– Com alegria a Igreja coloca numa mesma data, a memória de Todos os Santos, para que contemplando esta grande multidão que após sua vida. “Lavaram no sangue do Cordeiro suas vestes” (1ª leitura), viveram o amor de Deus e por este bom Deus foram muito amados (2ª leitura) e ao longo de suas vidas procuraram viver as Bem-aventuranças que Jesus hoje nos propõe.
O Papa São João Paulo II, nas preparações para celebrar o Jubileu do Ano 2000, convocava-nos e ainda continua sendo atual, a viver a santidade. Pelo Batismo todos somos chamados a sermos santos, buscando a santidade no dia a dia, algo que o Pe. José Kentenich nos incentiva, a “santidade diária”.
Na busca da santidade diária, tudo que fazemos deverá ser pautado em Deus, fonte de toda a santidade e que nos capacita a sermos santos e perfeitos como Ele o é! Em alguns santos, Deus concede dons extraordinários, para que através destas ações, deem glória a Deus e nele acreditem. Porém, Deus também age no ordinário de nossas vidas, basta fazer o ordinário do dia a dia com extraordinário! Aquilo que me cabe a fazer no mais alto grau de perfeição! Sentado neste momento, estou a redigir esta reflexão para os senhores(as) eu posso me santificar; fazendo no mais alto grau de perfeição cada linha de pensamento que vos dirijo. Já dizia Francisco de Assis: “Comece pelo mais simples, quando veres estarás fazendo o extraordinário”.
Em um mundo marcado pelas incertezas desta pandemia, a santidade é a “porta aberta” para colocar em prática nossa vida nas bem-aventuranças do Senhor, é o tempo próprio para lavar nossas vestes, de sofrimento e dor, nas vestes de Jesus, alvejá-las naquele que tomou sobre si todas as nossas dores. Tempo de nos deixar envolver pelo amor de Deus, por ele nos sentir muito amados e revelar aos que vivem no desamor, como temos um Deus que nos ama. Ser santos nas nossas realidades, com as pessoas que nos cercam, com as circunstâncias que se nos apresenta, em um mundo árido e virtual, levando nestes espaços a alegria da vida e a proximidade!
Os pequeninos Santuários de Schoenstatt são estas escolas de Maria, onde ao visitá-los trocando olhares com nossa Mãe e Rainha, deixando que seu olhar nos alcance, ela nos tornará imagens de seu Divino Filho, que percorrerá o nosso tempo! Em Maria foi formado o Santo dos santos, o próprio Cristo! Por isso, não existe melhor lugar para nossa formação na santidade e realizar o que seu Filho nos propõe: “Sede santos como meu Pai do Céu é santo”.
Pense no seu santo de devoção neste dia, olhe para sua vida e virtudes, os desafios do tempo em que viveu e como os venceu. Antigamente, havia o belíssimo costume de ler a vida de santos, receber “santinhos”, e nossos nomes serem escolhidos para lembrar deste ou aquele santo ou santa, tê-los em casa na representação de suas imagens… como era bom! O mundo foi nos esvaziando disso, perdemos esses grandes amigos que nas horas difíceis eram nossos conselheiros com o heroísmo de suas vidas. Vivemos a mendigar atenção e vivemos numa carência que parece um buraco sem fundo.
Que neste dia possamos reavier nossa amizade com os santos. Quanto tempo você não conversa com seu(a) santo(a) de devoção? Quanto tempo você já não arruma seu cantinho de oração ou não tem visitado uma igreja ou altar a ele/ela dedicado? Eles estão lá, esperando você e querem lhe mostrar que só Jesus é o caminho e que temos uma boa Mãe que nos educa na fé e no amor.
Feliz Dia de Todos os Santos!