27º Domingo do Tempo Comum
Por: Pe. Francisco José Lemes Gonçalves
Este mês mariano dedicado a Oração do Rosário no qual rezamos pelas missões e por aqueles que se dedicam a serviço do Reino e muitas vezes chegam a dar a sua vida com sangue para regar as sementes da fé; também nos unimos ao Papa Francisco e aos bispos reunidos em Roma para o Sínodo da Amazônia. Seja um tempo de oração, trabalhos sólidos e objetivos para a evangelização dos povos da Amazônia, que o Evangelho lhes seja anunciado com alegria.
A fé e nossa atitude
Dois momentos se destacam no evangelho; o pedido de aumentar a fé e o de que somos servos inúteis, fizemos o que devíamos fazer. Pois bem, no primeiro instante a fé está relacionada com nossa atitude para com Deus que tudo pode, até o impossível como dissera o anjo ao anunciar a Virgem de Nazaré. Fé implica em confiança… cegamente e em toda situação; fé na Divina Providencia que tudo prove, fé implica na espera de no tempo certo e na hora certa Deus realizará o que nos for necessário e preciso para nossa salvação. Fé implica em ser resignado diante daquilo que nos prova e até nos coloca em risco, enfim, fé implica que o Bom Deus sempre nos atenderá, jamais nos deixará de socorrer quando a Ele nos dirigimos.
O segundo momento do Evangelho é o versículo final: “(…) Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer”. Num mundo polido que vivemos de “por favor” e “muito obrigado”, palavrinhas mágicas para nosso bom relacionamento, não era bem assim no tempo de Jesus. No seu tempo as relações eram de senhor-servo, patrão-escravo. As partes não esperam um “por favor” e nem tampouco um “muito obrigado”.
Mas o interessante deste evangelho, mesmo Deus sendo Senhor e nós criaturas, ele se fez servo, veio nos servir e nem sempre lhe somos gratos. Deus em sua bondade nos dá sem pedir licença ou por favor, pois se coloca como aquele que serve. Assim deveríamos nos comportar, mas o orgulho nos impede, a nossa autossuficiência não nos permite sermos servidores e o fazê-lo como nosso Bom Deus, na gratuidade.
Instrumentos do bom Deus
Nosso Pai e Fundador nos ensina a sermos “instrumentos” do bom Deus nas mãos de nossa Mãe e Rainha, a exemplo dela nossa Educadora nos colocar como instrumentos para as obras de nosso Bom Deus a serviço dos irmãos e do Reino! Vemos sua espiritualidade de instrumento/servo nesta oração: “Nada há de perturbar teus planos (de Deus) /podes realizá-los livremente, / atuar por teu instrumento (que somos nós) / e aumentar sem fim a tua glória” (Rumo ao Céu 90).
Que a Mãe do Senhor, a serva por excelência, que do Filho aprendeu assim a ser, na sua escola o nosso pequeno Santuário de Schoenstatt, aprendamos as lições de fé e serviço/instrumento nas mãos do Bom Deus; assim sendo, seremos felizes e bem-aventurados porque cremos e pelo serviço seremos mães, irmãos e irmãs de Jesus!